Martini nomeia condenado por peculato para dirigir GM

O prefeito de Marialva, Victor Celso Martini (PP), nomeou na quinta-feira Divandro Escaratti para diretor de Segurança Pública daquele município. Na sexta-feira um Fiat Palio adesivado e equipado com giroflex passou a circular pela cidade, como sendo a primeira equipe da Guarda Municipal de Marialva, ligada à Secretaria de Trânsito e Segurança.

A improvisação do início da GM – que faz rondas e apoia a fiscalização das medidas de combate à pandemia do novo coronavírus – não é o único assunto comentado na cidade. É que o primeiro diretor de Segurança Pública de Marialva foi notícia 20 dias antes da nomeação em cargo comissionado, símbolo DSP, no site do Ministério Público Estadual, por ter sido condenado junto com o vereador Antonio Aparecido, o Cido Polícia, de Sarandi.

A condenação, pelo juiz substituto Márcio Augusto Matias Perroni, é resultado de ação penal por peculato e falsidade ideológica, a partir de denúncia do núcleo de Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O então secretário de Trânsito e Segurança, dois auxiliares e seis guardas municipais foram denunciados, de acordo com a denúncia, por estabelecerem um sistema para recebimento de horas extras indevidas.

Divandro Escaratti, professor de Educação Física, era diretor operacional da Guarda Municipal de Sarandi e foi condenado a 5 anos de prisão e 25 dias-multa em regime semiaberto. Outro envolvido, servidor público, foi penalizado com a perda do cargo, o mesmo acontecendo com os seis guardas municipais, além da obrigação de prestação de serviços à comunidade.

Por se tratar de decisão de primeira instância, da 6ª Seção Judiciária de Maringá, os réus podem recorrer. Aqui, a sentença de primeira instância na íntegra.