Morte de Meurer é praticamente ignorada pelo PP

Não houve registro nem lamento pela morte do ex-deputado federal Nelson Meurer, ocorrida nesta manhã, por parte do Progressistas nem de suas lideranças. Somente a ex-governadora Cida Borghetti referiu-se à perda na internet. Meurer estava filiado ao PP desde agosto de 1993.

Da família Barros, de quem foi muito próximo, somente a ex-governadora Cida Borghetti publicou mensagem nas redes sociais. “Perdemos o ex-deputado Nelson Meurer. Que Deus, com toda a sua misericórdia, console os corações dos familiares. Descanse em paz querido Meurer”, registrou.

O deputado federal Ricardo Barros, que em 2011 entregou a presidência estadual do PP a Meurer, e sua filha, a deputada estadual Maria Victória, atual presidente, não se referiram à morte de Meurer. Os sites nacional e estadual do partido também não citaram seu passamento.

Meurer, primeiro condenado por causa da Lava Jato, foi citado na delação de Alberto Youssef. Segundo ele, em 2011 ou 2012 houve “um racha” entre os líderes do PP e isso foi motivo de discussão dos líderes com a Casa Civil e a Secretaria-Geral da Presidência da República.

De acordo com Youssef, Paulo Roberto Costa disse que o Palácio do Planalto é que iria designar o novo “interlocutor” do partido. O líder do PP, na época, era o deputado Nelson Meurer.

Com o racha do partido, o Palácio do Planalto, com a participação de Paulo Roberto Costa, escolheu o deputado Arthur Lira (PP-AL) para substituir Meurer. Youssef disse que a troca de líderes foi feita por intermédio da então ministra Ideli Salvatti e do então secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Quando foi denunciado pela Lava Jato, Meurer chegou a dizer a amigos seus de Maringá que iria delatar colegas, mas nunca o fez.