Então sejamos tod@s revolucionári@s
Por Paulo Vidigal:
No momento obscuro que vivemos, os que se atrevem a defender a existência de um país livre, justo e solidário ou, que defendam a erradicação da pobreza e da marginalização, quase que automaticamente atraem para si o rótulo de comunistas, esquerdistas ou outros “istas”. Diga-se de passagem, argumento usado no sentido injustamente desqualificador, na imensa maioria das vezes sem sequer saber o que esse conceito significa.
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Isto porque esses ideais estão sacramentados na Constituição Federal de 1988, mais especificamente em seu artigo terceiro. São valores que, por mais que possam soar como subjetivos, são concretamente objetivos fundamentais da República. E a palavra “objetivo” aqui tem o sentido de aquilo que o Estado deve buscar. Não se trata de uma escolha, mas sim um dever que o Estado deve almejar e efetivar.
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Dito isso, aqueles que se atrevem defender a ideia de um país livre, justo, solidário ou que defendam a erradicação da pobreza e da marginalização, merecem ser vistos com outros olhos, sem rótulos pejorativos. Afinal, lutar para que o direito não se resuma a letras mortas no papel não deveria ser visto como um ato revolucionário, mas de simples coerência ética. Afinal, aqueles que defendem esses ideais lutam para que valores e princípios que a Constituição Federal consagrou como objetivos sejam aplicados na prática, na vida das pessoas.
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Se defender tais ideais passou a ser considerada uma atitude revolucionária, então sejamos tod@s revolucionári@s.
(*) Paulo Vidigal é advogado em Maringá
(Foto: Jo Kassis)
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