Jogando para a galera
A Câmara de Maringá aprovou hoje, em segunda discussão, um projeto daqueles que servem para jogar para a galera. A proposta inclui professores e funcionários de estabelecimentos públicos e privados da educação básica e do ensino superior na primeira fase do grupo prioritário do plano de operacionalização da campanha de vacinação contra a covid-19 do município.
Acontece que o projeto tem dúvida de constitucionalidade e o grupo já está contemplado pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19 (veja aqui), que engloba todos os professores e funcionários das escolas públicas e privadas do ensino básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA) e do ensino superior. É o 19º grupo na relação do plano nacional. Mas, já que é pura encenação – não tem vacina nem para os outros 18 grupos, hoje – pior que isso foi mesmo o vereador Rafael Roza (Pros), aquele do auxílio emergencial, ter apresentado emenda que iria excluir da relação profissionais como motorista de ambulância, zeladora que recolhe seringa usada, guarda que pega povo doente etc.
Diz trecho do documento, publicado pelo Ministério da Saúde no mês passado: “O PNI reforça que todos os grupos elencados serão contemplados com a vacinação, entretanto de forma escalonada por conta de não dispor de doses de vacinas imediatas para vacinar todos os grupos em etapa única. Cabe ressaltar que ao longo da campanha poderá ocorrer alterações na sequência de prioridades descritas no quadro 1 e/ou subdivisões de alguns estratos populacionais, bem como a inserção de novos grupos, à luz de novas evidências sobre a doença, situação epidemiológica e das vacinas covid-19”. O PNI não fase em nenhum momento sobre “primeira fase de grupo prioritário”.
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