O feirão da vacina de Bolsonaro
De artigo de Vera Magalhães, em O Globo:
No início da semana, a tentativa era de desvincular o ex-diretor de Logística do líder do governo na Câmara, o cada vez mais enrolado Ricardo Barros (PP). Ele seria uma espécie de herança maldita da gestão Luiz Henrique Mandetta. Faltou apenas explicar por que, mais de um ano após a demissão de Mandetta, ele trabalhava coladinho a Elcio Franco, franqueava acesso de picaretas notórios, como esse Dominghetti, ao seu chefe e levava até ex-funcionários da pasta, como o coronel Blanco, a encontros com essas pessoas fora do ministério. (…)
A conclusão dessa ópera bufa de coronéis enlameados e mercadores de vacinas de vento é que um governo até então desinteressado em vacinas fornecidas diretamente de farmacêuticas internacionais, com eficácia comprovada e uso aprovado pelas agências sanitárias de outros países instalou um feirão de vacinas oferecidas por atravessadores, a preços bem maiores, se preciso driblando a Anvisa e mexendo na lei para abrir o lucrativo filão da aquisição de imunizantes por empresas, com a possibilidade também de sua aplicação na rede privada (projeto patrocinado por Barros e o Centrão e que só não prosperou porque o Senado sentou em cima). Na íntegra.
(Fotos: Marcos Corrêa/PR)
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