Governo apresentará proposta aos policiais penais
Após mais um dia em que os policiais penais do Paraná ficaram sem respostas quanto ao pagamento das promoções atrasadas, o Governo do Estado afirma que apresentará uma proposta para o Sindarspen nesta terça-feira. Hoje, agentes de várias cidades do estado lotaram a frente do Palácio Iguaçu com suas famílias para chamar atenção do poder público e da sociedade para a exclusão da categoria nas promoções autorizadas pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. A mobilização dos trabalhadores foi realizada na mesma hora em que o chefe da Casa Civil, Guto Silva, havia agendado uma reunião com o sindicato. O encontro, porém, foi desmarcado na hora e, horas depois, remarcado para amanhã.
Nos últimos dias, o governador anunciou a promoção de servidores de várias carreiras, incluindo os policiais penais (segundo o governador, seriam 1.251), porém, não falou como se dará essa promoção diante do impasse vivido por esses servidores há 3 anos. Os policiais penais, antes chamados de agentes penitenciários, integram o quadro próprio do Poder Executivo,, cuja promoção só acontece a cada dez anos. Cerca 30% da categoria atingiu esse tempo em 2018, porém, até o momento, isso não foi pago porque as vagas dessa carreira estão distribuídas em três classes, só sendo possível ascender para a próxima se houver vaga nela.
A solução já apontada inúmeras vezes pelo Sindarspen está na redistribuição do QPPE. Atualmente, 60% delas estão na classe III, 20% na classe II e 20% na classe I, havendo um nítido gargalo no acesso à classe II. Para dar efetividade para a promoção anunciada pelo governador, é preciso que ele assine um decreto permitindo essa redistribuição. Segundo informações já repassadas inúmeras vezes pelo titular da SESP, Coronel Rômulo Marinho, a pasta já tem os recursos para fazer o pagamento.
Embora para esta terça não haja nenhum ato programado, o Sindarspen ressalta para a necessidade de os servidores seguirem em alerta para os comunicados da entidade. A luta há de continuar enquanto o governo não pagar o que deve aos servidores. (Assessoria)
(Foto: Joka Madruga/Sindarspen)