Bolsonaro, mais que palavras ocas, criminosas

Um irmão (de sangue),compartilhou texto do Padre Joãozinho, como título “Palavras Ocas”, que reparto com os leitores
Jesus criticou aqueles que tinham discursos bonitos e convincentes, mas não viviam o que pregavam. Existe uma versão moderna dos fariseus do tempo de Jesus. O filósofo Maquiavel ensinou aos governantes que deveriam falar o que o povo quer ouvir, mas não precisavam praticar isso. Era muito importante que o governante parecesse honesto, ainda que não fosse; parecesse eficiente, ainda que não fosse! A mentira acaba sendo consagrada como uma prática de propaganda política. Os tempos mudaram e os fariseus continuam vivos. E os discípulos de Maquiavel aprenderam, exatamente, a sua lição (Lc 11,42-46). Pe. Joãozinho, scj
Pensei, pensei , analisei algumas falas de Bolsonaro, especialmente a última, em que reproduzia uma fake news, que levanta a hipótese absurda de vacinas contra covid estimular, levar ao desenvolvimento da aids.
Pensei na defesa que alguns bolsonaristas ainda fazem, como ontem no Pan News o fez a comentarista Pâmela, defendendo a fala como uso da liberdade de expressão. Absurdo, pensei, Bolsonaro não estava num boteco, num churrasco entre amigos, ele não é um qualquer do povo. Paulo Vidal falou o que é óbvio, Bolsonaro é o presidente da República e suas palavras atingem milhões de pessoas, muitas sem o discernimento e entender que ele pode alguém com desvios de personalidade, algo que termina com ‘patia’, e falta-lhe empatia, e suas palavras, mais que ocas, podem ser criminosas, e levar muita gente a não se vacinar, não usar máscaras, não se cuidar.
Que Jesus nos proteja até o final de 2022, e ajude-nos a evitar a continuidade de um governo desastroso, como o temos. Digo com a autoridade de quem votou e confiou que seria diferente. Ledo engano, mas não me arrependo. Naquele momento era preciso mudar, agora também. Pior do que está, sem ele, não fica, diria o Tiririca, numa versão atualizada do pior do está não fica (se ele continuar, pode ficar).
(Charge premiada no Salão de Humor de Piracicaba: Dinho Lascoski)