“É ele quem manda em Maringá”

A manchete de hoje de O Diário, reportagem de Murilo Gatti, é sobre a agressão sofrida por José Carlos Rosolem, 54, e sua mulher, de 47, dentro de casa, na avenida Humaitá, em Maringá, na noite da última quarta-feira, por um homem que foi multado após estacionar o carro no portão da garagem da residência. Rosolem (foto) realiza tratamento contra o câncer.
O agressor, “que aparenta ter 30 anos e tem grande porte físico”, estacionou a Saveiro prata ATN-6664 defronte o portão da residência do casal e, apesar de a mulher ter informado que o marido estava para chegar, ele deixou o veículo lá, depois de xingá-la. Chamados, agentes da Setran foram até lá, pediram que ele retirasse o carro e, como ele resistiu e desacatou-os, lavraram multa. “O cara disse que os agentes não sabiam com quem estavam falando, que ele era financiador da campanha do prefeito e que é ele quem manda em Maringá”, conta Rosolem, diz um trecho da reportagem. “Em meio à confusão com os agentes, um amigo do agressor pegou o carro e o estacionou do outro lado da rua. Os amigos voltaram para o bar. A mulher entrou em casa e os agentes de trânsito foram embora. Ninguém imaginava que, horas depois, o homem voltaria até a casa para tirar satisfação sobre a multa que havia levado por estacionar em local proibido. (…) Para a surpresa deles, logo após bater palmas e agredir verbalmente Rosolem e a mulher, o homem, que havia acabado de sair do bar, decidiu invadir a residência e partir para a agressão. “Num primeiro momento, não sei como consegui, mas caí com ele no chão. Minha mulher caiu também e ele se levantou. Nesta hora, ele nos chutou várias vezes.” Rosolem ficou com várias escoriações nos braços, pernas e cabeça. Depois da agressão, devido ao sangue que escorria pelo corpo, foi socorrido pelo Samu e levado para o Hospital Santa Rita. Na opinião dele, as agressões só pararam porque a esposa gritou muito por socorro e os moradores dos prédios vizinhos saíram nas janelas e começaram a gritar. Alguns desceram dos apartamentos e só então o agressor parou. “Depois ele entrou no carro e passou devagar, dirigindo, xingando e ameaçando a gente”, relata”, diz o texto do jornal.

(Foto: Ricardo Lopes/DNP)