Tempos de cobrança

Em mais de 3 anos, Secretaria de Cultura não comprou um livro sequer para as bibliotecas públicas, observa professor; reforma da Biblioteca do Alvorada foi iniciada na gestão Rael Toffolo; ex-secretário diz que houve compra sim
O professor Julio Cesar Rodrigues, ex-gerente de Políticas Gerais da Prefeitura de Maringá e ex-Semuc, lembrou em rede social que praticamente não houve investimento em livros para as bibliotecas municipais nos últimos anos. Ele pesquisou e não encontrou um livro que tenha sido adquirido pela Secretaria Municipal de Cultura na gestão Victor Simião, pré-candidato a vereador. A lembrança foi feita no Dia do Livro, terça-feira.
Ele questionou uma prestação de contas feita pelo ex-secretário, inclusive o sistema de informatização das bibliotecas. Apontou que a reforma da Biblioteca Municipal Pioneiro Nilo Gravena, no Jardim Alvorada, investimento de R$ 1,6 milhão, começou na gestão Rael Toffolo, viabilizando-se em 2018. O ex-secretário diz ter investido R$ 17 milhões em sua área, mas em 3 anos e 3 meses na Semuc não comprou um livro para as bibliotecas públicas nem implantar o Pergamum (informatização), sem contar o foco em shows e poucas ações culturais na periferia.
Houve compra sim – Através de sua assessoria, o ex-secretário diz que a informação em relação às compras de livro não procedem. O registro de preço feito à época em que Julio Cesar estava na Semuc foi de cerca de R$ 57 mil. O valor foi homologado, mas compras efetivas foram de R$ 29.422,01. Entre 2021 e 2023 a Semuc investiu precisamente R$ 55.406,88, a partir da gerência do livro para a compra de livros.
Em relação à biblioteca: o processo estava parado e o ex-secretário conseguiu R$ 1 milhão, atualizou-o e entregou. Sobre shows e cuidado com a cultura nos bairros, houve diversas ações: No conjunto João de Barro, no Santa Felicidade, na Zona 8/ Jardim Aclimação, em Iguatemi, Floriano, com música, carnaval, literatura e muito mais. Os shows têm como público a cidade inteira.
Foto: Arquivo/PMM