Caso Lauer: julgamento será terça
Presidente da Câmara de Maringá, Mário Hossokawa cumpre regimento interno e convoca todos os vereadores; a sessão de julgamento de vereadora acusada de falta de ética decoro, em crime de improbidade administrativa, já confessado por ela em áudio, será no dia 1º de outubro
Foi concluído na sexta-feira, pela subcomissão de Ética e Decoro Palamentar da Câmara de Maringá, o relatório que investigou representação feita contra a vereadora Cristianne Costa Lauer (Podemos Novo), que também responde ação civil pública por improbidade administrativa (enriquecimento ilícito) ajuizada pelo Ministério Público. Assim, o rito deve se encerrar no dia 7. O documento foi entregue no final daquele dia ao presidente do Legislativo, Mário Hossokawa (PP), que seguindo as regras convocou os vereadores para a sessão de julgamento em sessão que acontecerá na terça-feira, 1º de outubro, às 14h.
A vereadora, que acostuma atacar colegas de trabalho, é acusada de falta de decoro e ética parlamentar, ré confessa dos crimes cometidos em seu gabinete, reclamou nas redes sociais estar sendo perseguida para receber a notificação da sessão. Mas todos os vereadores, dado o tempo e a realização da campanha eleitoral, foram convocados no sábado, seja em bairros, residências, em reuniões políticas, saída de igreja e, como ele, fazendo campanha política na área central. O objetivo é não perder o prazo para o encerramento do caso, que já foi adiado com indicação de oitivas de pessoas que não compareceram, recurso à justiça e até com pedido de vista e embargos.
Hossokawa explicou que, como presidente da Câmara, é obrigado a convocar e submeter ao plenário o relatório aprovado no Conselho de Ética, que de sua vez cumpriu rigorosamente todos os trâmites de acordo com o Regimento Interno. Concluso, o processo determina que o presidente convoque a sessão especial para julgamento, prazo que termina dia 7, o que tornaria todo o trabalho desperdiçado, sendo automaticamente arquivado.
“Se houve demora na tramitação, foi porque a defesa da vereadora usou de inúmeros subterfúgios para atrasar o andamento do processo. Ela está me acusando de perseguição porque foi intimada na avenida Brasil, mas todos os vereadores foram procurados no sábado para serem intimados porque a intimação precisa ser feita pessoalmente com 24 horas de antecedência e nessa época é difícil encontrar pessoalmente os vereadores”, disse Hossokawa.
Foto: Marquinhos Oliveira/CMM