O problema é o estádio

Tem gente que não faz muita questão da existência do Willie Davids, palco de conquistas

Ao menos dois secretários do prefeito Silvio Barros II (PP), que chegou a frequentar o Regional Willie Davids durante a campanha eleitoral, acham o estádio dispensável. Pisaram naquele gramado, quando era bom e referência estadual, jogadores como Pelé e Rivelino, técnicos como Sylvio Pirilo (o primeiro a convocar Pelé para a seleção) e Daniel Passarella, entre muitos outros, e os nem tanto, como Vanderlei Luxemburgo – foi ali que ele marcou o gol da vitória do Flamengo, com Zico e companhia bela em campo,

O estádio existe no mesmo local, criado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, há 72 anos, tendo sido palco de jogos memoráveis contra as seleções como as da Rússia (com Lev Yashin no gol), torneios reunindo times nacionais como Palmeiras e São Paulo, além de obviamente títulos estaduais do Grêmio e de títulos de outras divisões, como aconteceu com o extinto MAC.

Em 2021, o atual secretário de Cultura chegou a comentar na Rádio CBN que o local era um “elefante branco” e defendeu construir um novo estádio afastado da cidade “e rever o uso atual” do local onde se encontra. Ele chegou a levantar o custo do espaço onde fica o estádio: à época, R$ 533 milhões, que, sugeriu, poderia ser vendido para uma construtora fazer algum empreendimento imobiliário. Não falou da existência de cláusula de reversão no contrato de doação do terreno ao município.

Agora, o secretário de Esportes e Lazer, o vereador licenciado Paulo Biazon (União) disse, para espanto dos interlocutores, que, por ele, o WD poderia ser fechado, pois dá “muito trabalho”. Maringá tem três clubes de futebol profissional. É isso.

Foto colorizada: Valdir Carniel/Acervo Eu Amo Maringá

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