Estádio Municipal João Paulino Vieira Filho, em foto restaurada e colorizada, em 9 de setembro de 1959

A propósito da (des)preocupação com o Estádio Regional Willie Davids, leitor suspeita que a Secretaria der Esportes e Lazer de Maringá quer seguir o exemplo de Mandaguari.

Na vizinha cidade, da qual Maringá foi distrito, a diretoria do Mandaguari Esporte Clube transformou o estádio em loteamento. Sobrou a parte do terreno, que na cláusula de reversão ficou para a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. O time, em 1958, fez 4 a 2 no Vasco da Gama e sempre esteve entre os melhores.

Um detalhe torna mais triste a história: o estádio de Mandaguari levava o nome de João Paulino Vieira Filho, parnanguara que foi promotor de justiça e prefeito por duas vezes de Maringá. De todos os prefeitos que Maringá já teve, com certeza foi o mais apaixonado pelo futebol – tanto que virou nome de estádio.

Levi Avelino Martins escreveu há 9 anos um texto que não vale apenas para Mandaguari, mas para Maringá e muitas outras cidades:

Numa época de verdadeira obsessão narrativa pelo passado, pessoas, instituições, todos querem ver suas memórias registrada. Não há quem não esteja a procura de sua identidade.
Em Mandaguari avançamos em alta velocidade na contramão da história, destruindo o patrimônio e as memórias da cidade.
Nossas reminiscências a todos jogadores, dirigentes e torcedores que fizeram a grandeza do futebol de Mandaguari, aos amantes do saudoso Estádio João Paulino Filho, que tanta alegria nos proporcionou nas tardes de domingo.
Aos responsáveis por este crime contra o patrimônio histórico de Mandaguari, a classe política conivente e negligente que deu a extrema-unção, nossa indiferença e desprezo.

Fotos: Google Street View/Acervo Levi Avelino Martins