Aeroservice: TJ aprecia recurso
Procuradoria é contra recursos de ex-prefeito e ex-secretários, condenados por improbidade em 2008. A Procuradoria Geral de Justiça manifestou-se na última terça-feira pelo conhecimento e desprovimento dos recursos (apelação cível) do ex-prefeito e deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP), de seus ex-secretários e assessor Luiz Turchiari Junior, Ademar Schiavone e Julio César Coelho Pallone e da empresa Aeroservice Consultoria e Engenharia de Projetos, que se encontram no Tribunal de Justiça do Paraná. Todos foram condenados pelo juiz da 4ª Vara Cível de Maringá, Alberto Marques dos Santos, a devolver solidariamente aos cofres públicos Cr$ 465.788.130,00, com os devidos juros e correção monetária. Em outubro de 1992, faltando menos de dois meses para deixar o cargo, o então prefeito Ricardo Barros contratou a Aeroservice, de São Paulo, sem licitação, para gerenciar as as obras do Hospital Regional Metropolitano de Maringá (atual Hospital Municipal), e pagou a empresa sem que ela houvesse prestado os serviços. Segundo a sentença, que declarou nulo o contrato, Barros foi o grande responsável pelo ato de improbidade administrativa, sendo negligente e autorizando o pagamento a serviços nunca realizados, inclusive na contratação de projetos que a própria prefeitura já possuía. A Aeroservice, de lá para cá, tornou-se financiadora da campanha política dos Barros. O desembargador Rosene Arão de Cristo Pereira é o relator e Leonel Cunha, o revisor. No último dia 2 o ex-prefeito juntou documentos e agora aguarda-se a data para o julgamento.
O caso, inclusive pelo valor a ser restituído, rivaliza com os escândalos descobertos na gestão Jairo Gianoto, mas, mais de um ano depois da condenação, nenhum órgão da mídia tradicional de Maringá deu a notícia – tarefa que coube até o momento a este modesto blog, com repercussão de Messias Mendes.