Segurança especial de Natal

De Alex Aparecio da Costa:
Todos devem se lembrar de que nos Natais anteriores os meios de comunicação junto com representantes do comércio avisaram à população que haveria no centro uma operação de segurança especial desempenhada pela polícia, o que sempre se concretizou e certamente se repetirá. Isso não é novidade. Todavia, aqueles que durante outros períodos do ano tiveram casa arrombadas, carros, furtados, que foram assaltados nas ruas, nas suas casas ou nas suas empresas devem se perguntar por que o aparato da segurança pública não estava preventivamente a postos para evitar estes infortúnios particulares. É óbvio que o contingente policial nunca foi suficiente para patrulhar cada rua e cada esquina vinte e quatro horas por dia sete dias por semana, porém quando ele é mobilizado em um determinado ponto da cidade em uma época específica emerge uma contradição autoexplicativa. Lembrem-se, durante as próximas compras de Natal os consumidores obedientemente eufóricos dirigir-se-ão às compras sob a benéfica proteção policial. Nesse contexto, se a presença do braço armado do Estado visará proteger a integridade dos compradores ou o trânsito seguro do dinheiro do bolso da população rumo aos caixas das lojas é a questão.
_______________________
(*) Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em História da UEM; pesquisador do Leam – Laboratório de Estudos Antigos e Medievais