Má-ringá

Em pleno século XXI…

Três trabalhadoras e estudantes de Maringá vivem uma situação de insegurança, para não dizer criada pelo preconceito. Elas não conseguem alugar um apartamento junto a imobiliárias da cidade. Entenda: na última quarta-feira o apartamento em que elas vivem foi roubado, as três perderam tudo que tinham de valor. “Moramos num prédio que não tem porteiro, nem nenhuma segurança, em dois meses ja é o segundo apartamento roubado no meu prédio e mais um na Zona 7”, explica uma delas. “O que mais me deixa indignada é que há três meses tentamos nos mudar e não conseguimos, pelo simples fato de não sermos uma família, somos três mulheres independentes, trabalhamos e estudamos e não podemos morar num lugar melhor porque as imobiliárias de Maringá não aceitam”, acrescenta. Outros jovens encontram o mesmo problema, e acabam muitas vezes tendo que viver em locais sem segurança por conta, infelizmente, da política adotada pela maioria das imobiliárias locais. Será que um dia isso muda?

Um trabalho hollywoodiano

“Quando eu vejo essas propagandas de Maringá na TV, tenho a impressão de que estão falando e mostrando outra cidade, ou quem faz essas propagandas merece trabalhar em Hollywood de tanto que consegue maquiar a realidade”, escreve Bruno Siqueira, que registrou este acidente hoje à tarde no cruzamento das avenidas Alendre Rasgulaeff e Tuiuti. “Assim como a maioria das vias de Maringá, aquela está muito mal sinalizada, mas parece que nas propagandas tudo fica bonito, claro e visível. Em Maringá, se uma faixa de pedestres ou cruzamento se apagar, só será pintada novamente quando alguém morrer no local”, acrescenta.

O trânsito da ficção e o da realidade

De Pedro Silva:

Existem duas imagens do trânsito de Maringá: a ficção, que é apresentada nas campanhas de publicidade (que custam caro aos cofres públicos), e a realidade estampadas nos noticiários. O montante gasto com campanhas de publicidade poderia ser aplicado em melhorias no trânsito, ao invés de criar um conto de fadas, onde no final todos vivem felizes para sempre, pois o que vem ocorrendo em Maringá é totalmente diferente do que é apresentado nas campanhas publicitárias.

Exterminador

Ouvido de um profissional da área, ontem:

– O prefeito que mais cuidou do Plano Diretor de Maringá foi João Paulino Vieira Filho, que era promotor de Justiça. Foi preciso alguém da área (Silvio Barros II é engenheiro) para que o Plano Diretor fosse desfigurado.

Ao relento

Dois pontos da região central de Maringá se tornaram hotéis de pedintes: na rua Santos Dumont com a Getúlio Vargas, atrás do Itaú (acima) e na avenida Getúlio Vargas, ao lado da Igreja Universal do Reino de Deus (abaixo). Localizados próximos a hotéis de verdade, os pontos que abrigam esses coitados deixam constrangido quem passa por ali e uma imagem ruim da Cidade Canção, que, neste caso, está tocando fora do tom. As fotos são de Márcio Smolen.

No frio

Um homem enrolado numa coberta dormia nesta madrugada no gramado da praça Ouro Preto, entre as avenidas Morangueira e Alexandre Rasgulaeff, em Maringá.

Sama: beneficiário fica na mão

Do Sismmar:

O aposentado Homério de Oliveira é mais um descontente com a limitada cobertura do Sistema de Atenção à Saúde dos Servidores do Município de Maringá (Sama). Ele fraturou o braço e aguarda, internado, por cirurgia no Santa Rita. O problema é que o Sama não cobre o procedimento e o hospital só faz a cirurgia, segundo a esposa do aposentado, por R$ 600. Leia mais.

Dominando tudo!

De Carlos Jota Silva:

Fazer fusão de cervejarias, união de postos de combustíveis, é contra o governo e gera cartel ou monopólio. A Prefeitura de Maringá emprega CCs e gente ligada ao prefeito, administrando escolas, postos de saúde, hospitais e tudo que é público. Isso não é monopólio ou algo parecido? O certo seria por a direção de estabelecimentos nas mãos de profissionais treinados e concursados, você não acha? Pergunte aos trabalhadores públicos se eles estão felizes com seus superiores!

Uma campanha sobre os flanelinhas

A propósito da ação de flanelinhas até em estacionamento de supermercados, um leitor diz que está mias do que na hora de a Prefeitura de Maringá agir. Ele propõe a realização de uma campanha publicitária – e olha que o prefeito Silvio II gosta de gastar com publicidade – para incentivar a população a não dar dinheiro a flanelinhas e, se preciso, denunciar, colocando um disque-denúncia. “Estamos nesta situação por omissão dos governantes de Maringa”, opina.

Lixo na rua

A coisa está cada dia mais feia nos fundos de vale, em Maringá. Nivaldo Silva envia a foto da rua Colômbia, perto da avenida Dr. Alexandre Rasgulaeff, onde as pessoas estão jogando até lixo doméstico (mais fotos). Ali, poucos dias atrás, a prefeitura retirou vários caminhões de lixo, mas ainda tem muita gente que continua mal-educada.

Córrego parece ter sido atingido por tsunami

Córrego Mandacaru
Edilson Francisco de Oliveira, o Bega, conta que, depois de passar meses ensaiando uma visita a um lugar frequentado na adolescência por ele e outros moleques da Vila 7 [inclusive este blogueiro, que ali quase morreu afogado], “criei coragem e fui em busca de um encontro com um  passado de pelo menos 30 anos. Posso garantir que muitos empresários, políticos, jornalistas deram suas primeiras braçadas nas águas do córrego Mandacaru, que em cada parte recebia um nome diferente. Bambuzal, por ter até hoje uma grande plantação de bambus. Seu Luziano, que fazia fundos com o Tiro de Guerra e Tanque do Celso que ficava no final da rua Vitória na Vila Esperança. Como se pode ver pelas fotos o córrego parece ter sido atingido por um tsunami. Árvores caídas, sacolas plásticas, garrafas pets e todo  tipo de lixo imaginável (de um arbusto nasce um videocassete). Vamos pedir socorro para quem?”. Mais fotos.
Córrego Mandacaru

#fecha Parque do Ingá

Da jornalista Ana Paula Ribeiro, no Twitter:

– Ontem fiquei com vergonha do Parque do Ingá… sujeira, pregos pelo chão… e ainda muita coisa inacabada. Todo mundo já viu o fiasco!!! #fecha

Prefeitura despeja entulhos em lixão clandestino

O caminhão que limpa bueiros, adquirido pela Prefeitura de Maringá há cerca de dois anos, foi flagrado (o Roberto Moraes postou em seu blog) jogando os resíduos num terreno baldio, uma espécie de lixão clandestino, em área no perímetro urbano. Quatro vídeos estão disponíveis no canal de Ricardo Rivelino Leal, no YouTube, mostrando todo o descarte dos entulhos. O servidor diz que a sujeira será retirada no dia seguinte, por um caminhão basculante da Secretaria de Serviços Públicos, que a levará para o lixão. A se acreditar, o que é difícil, trata-se de um sério problema de logística. Os vídeos foram postados no Dia Mundial do Meio Ambiente. Um grande contrasenso, já que, conforme a postagem abaixo,enquanto isso um artista plástico preocupa-se em conscientizar as pessoas sobre o descarte.

PS – Agora à noite, em cadeia nacional, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, falou do descarte ambientalmente correto.

PS 2 – Tudo indica que o local é a rua Katsuji Nishiyama., na Zona 28 (Parque da Gávea).

Aluga-se

Aluga-se, já mobiliada, parte da avenida Jinroku Kubota, em Maringá. Tratar no local. Aceita se todos os tipos de ofertas. Foto e texto de Nivaldo Silva.

Para garantir atendimento médico a servidora municipal, sindicato recorre ao MP

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá recorreu ao Ministério Público, na manhã de hoje para garantir tratamento médico adequado a uma funcionária da Secretaria Municipal de Educação. Norma Dias Medeiros, 43 anos, fraturou o ombro em 8 de fevereiro e, desde então, aguarda procedimento cirúrgico. Norma se acidentou em casa e, por ser funcionária do município, foi encaminhada pelos socorristas do Siate ao Hospital Santa Rita. Ela não recebeu o atendimento necessário porque o Sama não cobre procedimentos de prótese. O SUS também não autorizou a cirurgia e, com o braço imobilizado, a servidora corre o risco de ficar com sequelas. Saiba mais.

Em desconformidade com a legislação

Agora à tarde, funcionários de uma dedetizadora faziam a aplicação de formicida no canteiro central da avenida Guaiapó, mas sem obedecer as normas da Vigilância Sanitária. Eles não usavam o equipamento de proteção individual destinado a preservar a saúde, a segurança e a integridade física do trabalhador, luvas ou máscara; um deles, com a roupa azul (que não é a adequada para este tipo de serviço), também não tinha luvas e apesar de ter a máscara no rosto não a usava. Um fiscal da prefeitura acompanhava a aplicação do veneno. Além de contrariar a resolução 52 da Anvisa e colocar a saúde dos funcionários em risco, a empresa responsável lesa também o município, já que, quando venceu a licitação (que seria algo em torno de R$ 200 mil), se obrigou a respeitar a legislação sobre a prestação de serviço de controle de vetores e pragas urbanas.

Para quem não tem o lago do Ingá…

Daqui a pouco vai dar para colocar pedalinhos no lago que se forma nas obras do Contorno Norte, interrompidas há meses entre as avenidas Tuiuti e Guaiapó, por conta de minas d´água que surgiram onde deveria ser a pista. Prometida para outubro do ano passado, a primeira parte do contorno ainda não foi liberada.

Viva o Zoo-ilógico!

De JC Cecílio:

Lendo sobre o Parque do Ingá, me remeteu uma lembrança quando viajava lá pela Patagônia Argentina, em 1991, quando pela estrada encontrei um lugar muito esquisito construído por um artista de sucata, até tirei algumas fotos não encontrei para digitalizá-las. Um lugar insólito e engraçado! Tratava-se de um “Jardim Zoo-ilógico”,  com muitos animais feitos em chapas de aço, peças de automóveis, ferragens de sucata, dentro de jaulas ou em cercados. Havia placas com nomes científicos engraçados, parodiando e misturando o nome do animal com marcas de carros, por exemplo. Algumas plaquetas alertavam para “não alimentar os animais”, “mantenham a distância do bicho feroz” etc. Acho que a administração atual, surrealista como é, quer “hacer una broma” (piada)  lá no Parque do Ingá, não acha?
PS  – Descobri que o Zoo-ilógico da Argentina não existe mais, acho que a ferrugem desintegrou os bichos, mas encontrei outro mais elaborado no Uruguai [fotos acima].

Estacionamento público

Dezenas de carros na noite de ontem sobre ogramado do  balão do final da avenida Paraná, defronte o Teatro Marista, em Maringá. Parece que todos saíram felizes, pois, mesmo comunicada, a Setran não enviou agentes de trânsito ao local.

E musiquinha pra cá, musiquinha pra lá…

Gaeco investiga desvio de medicamentos no Municipal

De Murilo Gatti, em O Diário:

O Gaeco de Maringá investiga desvio de medicamentos do Hospital Municipal e o descarte dos remédios para o Almoxarifado Central da prefeitura, que funciona no barracão do extinto Instituto Brasileiro do Café, para a aquisição de novos medicamentos. Dentro do inquérito aberto no final do mês passado, vários funcionários da prefeitura foram ouvidos e outros depoimentos vão ser tomados nos próximos dias. Durante as investigações, o Gaeco conseguiu confirmar com fotos e gravações em vídeo que havia a falta de controle e que sumiram medicamentos do local, configurando o desvio. “As caixas abertas no local confirmam que o controle não era adequado e que medicamentos sumiram dos corredores. O que buscamos confirmar é quem são os responsáveis pela autoria do desvio ou pela omissão, pois o dinheiro do contribuinte foi sucumbido e a situação causou prejuízo aos cofres públicos”, afirma o promotor do Gaeco em Maringá, Laércio Januário de Almeida. Leia mais.

PS – O leitor do blog soube do caso na última sexta-feira.

Acessibilidade 2

Na esquina das ruas Rubi e Lápis-lazuli, no Jardim Helena, passeio público interrompido por mato. E musiquinha pra cá, e musiquinha pra lá…

Acessibilidade 1

Na rua Santa Joaquina de Vedruna, Zona 4, em Maringá, a calçada está interrompida por muito lixo. Uma casa e uma antiga clínica abandonadas (esta última, de frente para a avenida Rio Branco) tornaram-se refúgio de drogados.

O perigo das lombadonas

http://www.youtube.com/watch?v=I2i_1Ubc81w

O maringaense Diego Cunha mostra a sinalização precária e o perigo das lombadonas de Maringá, que no final de semana fizeram mais uma vítima. Interessante ouvir o que ele fala no vídeo, a 40 km por hora, na avenida Mandacaru. As lombadonas foram colocadas como uma resposta pessoal do prefeito de Maringá à decisão do Ministério Público de fazer cumprir a lei e retirar os quebra-molas que estavam irregulares.

(Via Oséias Miranda)

Protestos no Contorno Norte continuam

A fome dos “administradores” maringaense por verba federal, a ponto de permitir a construção de pista simples e viadutos saci pererê no Contorno Norte, continua gerando mortes e protesto. No sábado, após um acidente que matou uma jovem de 23 anos no cruzamento das avenidas Franklin Delano Roosevelt com Major Abelardo da Cruz no Conjunto Requião, populares atearam fogo em pneus e fecharam o tráfego no viaduto na noite do último sábado em Maringá. Os moradores, vendo o aumento no número de acidentes e vítimas, querem saber quem será responsabilizado. “Os veículos circulam pela avenida quando chega ao contorno à pista vira um funil. Às vezes este local vira um caos. Os motoristas não sabem o que fazer e pra onde ir, “reclama Nivaldo Silva, autor da foto, que mostra que o protesto continuou após o último acidente.

 

Construtora não termina casas do Atenas

(Repostagem) A TV Cultura (RPC/Globo) mostrou hoje reportagem sobre a invasão de casas do Conjunto Atenas, em Maringá. Moradores reclamam da demora na construção e não há previsão de data; a construtora pediu rescisão do contrato que assinou com a prefeitura. Trocando em miúdos: tudo que começa errado… Assista a reportagem.

PS – Ao contrário do informado na primeira postagem, nestas casas não foram empregados recursos do PAC Santa Felicidade, que financiou casas naquelas proximidades. As cas do PAC estão aqui.

Comas nega mais verba para associação indigenista

A reportagem de Luciana Peña está no site da CBN: o Conselho Municipal de Assistência Social nega pedido de aumento de verba para a Associação Indigenista de Maringá. Enquanto isso Secretaria Estadual de Relações com a Comunidade percorre aldeias e entidades que atendem índios no Paraná e secretário, que é de Maringá, promete apoio. Ouça aqui.