Do padre Orivaldo Robles:
Yehud andava pelas ruas de Jerusalém, calmas naquela hora da manhã. Era o sexto dia da semana, véspera do grande sábado da Páscoa, o mais solene do ano. Sua mente girava em torno dos preparativos da festa e aproveitava o tempo para repassar, de memória, se não lhe escapara alguma providência a tomar. Ia sem pressa, absorto em pensamentos, quando, lá longe, viu assomar uma multidão precedida de um grupo de soldados. Conduziam três homens sentenciados, sem dúvida, à morte. Como a execução estava sob o comando de militares romanos, Yehud entendeu que seriam crucificados. Apesar do povo que, ao se mover sem trégua, por vezes os escondia, três braços de cruzes deixavam-se avistar, às costas dos infelizes. Na íntegra.