O presidente do Sindicato dos Médicos de Maringá, Marcos Aurélio Valadão Fagundes, esteve ontem na sessão da câmara de vereadores, convidado pelo presidente Mário Hossokawa (PMDB). Lá, foi recepcionado pelos colegas da bancada médica, em especial Manoel Sobrinho, do PCdoB. Foi, claro, falar sobre a polêmica causada pelas declarações a Fábio Linjardi na reportagem publicada domingo em O Diário. Da tribuna, ele disse que o jornal distorceu suas palavras, embora admita ter falado que era melhor vender pastel, e reclamou da pressão que vem sofrendo desde o domingo passado. Ele lamentou ainda que o jornal não tenha esclarecido que a entrevista foi feita por telefone, e não pessoalmente. Ao saber que o médico estava lá para se explicar e contestar a publicação, um editor do jornal telefonou ao Legislativo e deixou claro que, se o sindicalista criticasse O Diário, ele iria requerer o mesmo espaço para rebatê-lo.
No jornal, o médico diz: “É só chegar na UEM e perguntar quanto que o aluno de Medicina estudoupara estar ali. E ele ainda vai ter que se formar, passar por uma residência, para depois ganhar R$ 9 mil? É preferível vender pastel na feira, que aí ele ganha até R$ 20 mil”. Hoje, o site do jornal disponibilizou a gravação da entrevista, feita por telefone, informando que o conteúdo foi editado “devido à restrição de espaço”. Na gravação, Marcos Aurélio Fagundes diz: “É preferível ele vender pastel na feira, que ele ganha aí 10, 15, 20 mil. Tem gente em Maringá hoje, eu sei, você não vai colocar isso na tua matéria, mas eu sei (ininteligível), tem gente vendendo churrasquinho ali, o churrasquinho do Zé, o Zé mesmo tira 20, 30 paus por mês. Você sabe disso. Qualquer cara que for vender pastel na feira hoje ele ganha 15, 20 mil reais, e não dá conta pra vender (risada)”.