A Prefeitura de Maringá (não sei se só ela) estabelece preços para licitação de obras, a meu ver de maneira equivocada. Fixa-se o valor global da obra, mas não estabelece valor de cada item. Exemplo a grosso modo: na licitação para construção de uma escola estabelece o valor máximo de R$ 1.000,00, dividos pelos itens 1- Piso; 2 Paredes; 3 Teto . Obviamente para se chegar a este valor foram calculados os preços de cada item, mas estes não são informados aos interessados. O que acontece: geralmente se apresentam três concorrentes (dizem que combinados entre si quem vai ganhar) . O primeiro apresenta; R$ 1.000,00 de valor global; divididos em: Piso R$ 300,00; Paredes R$ 400,00 e Teto R$ 300,00. O segundo apresenta valor global de R$ 990,00 assim divididos: Piso R$ 280,00; Paredes 420,00 e Teto R$ 290,00. O terceiro orça em R$ 995,00 sendo: Piso R$ 280,00; Paredes R$ 440,00 e Teto R$ 275,00.
A empresa ganhadora, com R$ 990,00, apresentou um preço R$ 20,00 superior à primeira no item piso e R$ 5,00 superior à terceira, com relação à paredes. Logo o seu preço poderia baixar de R$ 990,00 para R$ 965,00, se a Prefeitura tivesse fixado preços máximos por itens. O resultado é que se paga 2,6% a mais do valor orçado e nem estamos considerado que este valor já está superfaturado. Numa obra de R$ 1.000.000,00, são R$ 26.000,00. Claro que é só um exemplo. Pelo que dizem as coisas são feitas para dar no mínimo 10%. Fica a sugestão para que se mude a forma de licitar e os preços máximos sejam estabelecidos, item, por item. Com a palavra os vereadores, fiscais do dinheiro público. Fala-se que 99,9988% das licitações são viciadas. O percentual lembra a participação que temos na Urbamar.
Akino Maringá, colaborador