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Justiça

TJ-PR reduz indenização de professora que agrediu aluno

Os desembargadores da Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, por unanimidade de votos, deram provimento a recurso e reduziram o valor da indenização por danos morais que uma professora da rede municipal de ensino de Maringá deve pagar a um aluno, a quem agrediu em setembro de 2007. Em primeira instância, o juízo da 3ª Vara Cível havia a indenização em R$ 12 mil; agora, ela foi reduzida para R$ 1,5 mil. O julgamento aconteceu no último dia 30 e o acórdão foi publicado na semana passada. A professora foi condenada por ter agredido o aluno com um apagador, machucando-lhe o dedo. A servidora já tinha sido advertida – inclusive por escrito – em razão do seu comportamento com as crianças, com relato de que beliscava as crianças. A professora alegou que bateu com o apagador na mesa e que este pegou na mão da criança acidentalmente. No depoimento, o menor contou que “doeu” e “saiu sangue” e que ela “chacoalhava os alunos. Uma vez pedi para ir ao banheiro e ela me beliscou. Ela pegava nossos trabalhinhos, amassava, jogava no lixo e dizia para fazer outro”.Continue lendo ›

Ivana Veraldo

Medicalização da educação: de aluno a paciente

A Educação vem sofrendo um processo violento de medicalização: o retorno das explicações biológicas para justificar defasagens no aprendizado. É um processo que transforma questões coletivas e sociais em questões individuais e biológicas, mais especificamente, em doença. O fracasso escolar, por exemplo, é explicado como resultado do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperativismo (TDAH), ou da Dislexia, ou da Discalculia ou do Transtorno de Oposição Desafiadora (TOD). Quando um problema coletivo é medicalizado, isentam-se de responsabilidades todas as instâncias que respondem por esse problema, a começar pelas autoridades, instituições e as próprias famílias, e localiza-se o problema no indivíduo. Sem falar nos interesses comerciais que estão por trás.
Ivana Veraldo