Apesar de o prédio da antiga Estação Rodoviária Municipal de Maringá não existir fisicamente, seu condomínio continua em pleno funcionamento. No último dia 6 os proprietários elegeram sua nova direção: Cibele Cristina Telles Campos é a nova síndica, Hosine Salen é o sub-síndico e, como tesoureiro, foi eleito Reginaldo França. O condomínio, por sinal, ingressou com cobrança judicial contra a prefeitura, por causa do atraso de suas obrigações.
Não é fácil administrar doze partidos numa coligação, como a organização partidária do sr. Ricardo Barros, em Maringá. Não foi à toa que Hamilton Cardoso, um dos quatro coordenadores da campanha de Carlos Roberto Pupin, quase apagou no último dia do prazo para registro de candidaturas. É como o artista circense cuidando dos pratos sobre as varetas.
O blog, por exemplo, ficou sabendo que pelo menos um dos partidos nanicos adquiridos pelo capo está de pernas para o ar: o presidente da sigla de aluguel teria negociado alguns cargos comissionados e R$ 30 mil (oficialmente, para repassar aos candidatos a vereador) e sumido. Estaria curtindo praia no sudeste do país. Desde que foram “vendidos”, há quase um mês, os candidatos a vereador estão sem pai nem mãe, desanimados e sem recursos. Nem o papa tem conseguido falar com o presidente, que está com o celular desligado.
O ex-secretário Hamilton Cardoso, que faz parte da coordenação de campanha de Carlos Roberto Pupin (PP), também passou mal ontem à noite. Muitos candidatos a vereador do PP, PTC, PTB e PPS permaneceram até tarde da noite defronte o escritório da deputada Cida Borghetti (PP) e não assinaram a documentação que seria encaminhada à Justiça Eleitoral. Muitos temem ficar de fora da disputa.
Na foto oficial da turma do condomínio Barros o representante do PPS não é Willy Taguchi, o tiozinho do Facebook. É o empresário Luciano Pozza, que venceu a licitação para construir um arranha-céu no lugar da antiga rodoviária de Maringá. Bem fininho (ele, de frente, parece que está de perfil), quase não é visível na foto.
Foto tirada hoje com representantes dos partidos comandados pelo capo Ricardo Barros. Parece que estão dizendo “Onze” (número do PP), mas teve gente que ouviu “400”. Aliás, trecho de comentário assinado por Messias Mendes: “Hoje, Ricardo e Crispim [no destaque] estão juntos na disputa eleitoral, “para o bem de Maringá” e em nome de uma lógica partidária torpe que, mais dia, menos dia, sempre coloca os iguais do mesmo lado”. Foto tirada daqui.
O ex-deputado estadual Ricardo Maia venceu e o PSD oficializa sua entrada no condomínio partidário dos fratelli Barros e vai apoiar a candidatura a prefeito do PP. Maia disputava com o também ex-deputado estadual Divanir Braz Palma, que defendia ir com o PSC no apoio ao PT. A possibilidade de vice do PSB de Wilson Quinteiro sequer foi colocada em votação.
Com a decisão, o PSB deve disputar a Prefeitura de Maringá com chapa pura. A vice seria Roeling da Costa, esposa do secretário de estado das Relações com a Comunidade, Rene Pereira da Costa.
Em comentário feito na postagem “PSL oficializa entrada no condomínio”, o presidente do PSL de Maringá, Jamil Ribeiro, ataca este jornalista/blogueiro, a quem chamou de “bandidinho”, por divulgar a “venda” da sigla. Antes de entregar o partido aos Barros (PP), esta semana, o mesmo Jamil Ribeiro comentou neste modesto blog, nesta postagem, em janeiro passado: “Eu sempre falei e tem pessoas que dizem que eu estou falando mal dos Barros, não eu não estou falando mal dos Barros, estou provando, e aprovo que eles são um bando de porcos! (…) Pode vim ver quem quiser eu tenho o maior prazer de mostrar as cagadas de trabalho desse Executivo junto com a corja de secretários que esse camarada tem no seu governo (…) Os maringaenses deveriam fazer uma revolução contra estes políticos irresponsáveis que estão passando dos limites e dar um basta em tudo isto!”. Há quase dois meses, em outro comentário, ele chamou o atual chefe de Gabinete de Carlos Roberto Pupin, Walter Guerlles, de “macaco gordo”, de carreirista e disse que a comunidade maringaense estava f… neste “resto de ano de 2012”.
O PSL é o mesmo partido que há quase um ano anunciou que apoiaria Wilson Quinteiro (PSB) para prefeito e que, esta semana, dizem que por pecúnio, passou a fazer parte do “bando de porcos”.
O PRTB, que agora deixa de integrar o condomínio partidário de Ricardo Barros (PP), já abrigou os hoje vereadores Luiz do Postinho e Wellington Andrade e foi o último partido em que esteve filiado Assendino Alves Santana, que foi candidato a prefeito. Tem 157 filiados em Maringá, entre eles Antonio Mário Manicardi, Rubens Storto, Aparecido Marangoni, Marcos José Barros, Valdir Rossi Junior e João Glovacki Junior, o Linguiça.
A possibilidade de o PTB de Maringá, assim como aconteceu com o PR e o PRTB, deixar de integrar o condomínio partidário de Ricardo Barros (PP) é real. O sinal verde para apoiar o PT nas eleições deste ano já foi dado.
A Panificadora Holandesa, na avenida Brasil, tem se tornado point dos integrantes do condomínio partidário dos fratelli. Café e salgadinhos colorem as conversas em torno das eleições 2012 e, claro, da manutenção do poder na mão do capo.
Obra orçada em R$ 1,4 milhão e cuja entrega deveria ter sido feita há 13 meses, o Condomínio do Idoso de Maringá teve as obras retomadas recentemente. Além dos recursos federais para a construção das 40 casas, agora a prefeitura está investindo R$ 208.998,71 para executar paisagismo, calçadas, muros e implantação de uma Academia da Terceira Idade. Os serviços estão sendo feitos pela RM Garcia & Cia Ltda., de Sarandi.