dom jaime

O testamento material de dom Jaime Luiz Coelho não faz referência aos 3% das ações que ele possuía da TV Cultura (hoje, RPC TV/Globo), que ele ajudou a fundar em Maringá. Ele vendeu sua parte há alguns anos a Guilherme Cunha Pereira, e supõe-se que tenha repassado o valor a familiares, visto que no testamento tornado público ontem todos os bens materiais foram deixados para a Igreja (sua família, que vive no interior paulista, não foi contemplada, ao contrário do que esperavam algumas pessoas).

O arcebispo de Maringá, dom Anuar Battisti, lê o testamento espritual do primeiro bispo e arcebispo da cidade, dom Jaime Luiz Coelho, na manhã desta quinta-feira.

O padre Orivaldo Robles pede para esclarecer:
Os três veículos que dom Jaime possuiu foram somente da linha Ford. O Corcel 1975 ele legou à Arquidiocese. O Ford Focus ano 2002, o mais novo, legou às Irmãs Filhas da Caridade (“conhecidas como Vicentinas”, fez questão de esclarecer), que cuidam do Núcleo Social Papa João XXIII. O Ford Del Rey de cor cinza (não recordo o ano, mas da década de 80 ou 90) ele deixou para as Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que cuidam do Lar dos Velhinhos. A doação foi feita às Irmãs, não à Instituição Núcleo Social ou Lar dos Velhinhos. No momento da leitura do testamento alguém levantou essa questão, que ficou esclarecida após repetição da leitura atenta do texto correspondente. Como Irmãs não possuem bens em nome pessoal, os veículos passam às Congregações Religiosas (personalidades jurídicas) a que pertencem. As congregações decidirão o uso a ser dado aos veículos que, agora, lhes pertencem.

Em agosto de 2005 publiquei uma reportagem sobre o famoso Corcelzinho de dom Jaime, na seção “Meu carro”. Foi durante a entrevista à revista Página 9 que ele verificou que sua CNH havia vencido. As fotos estão aqui. Apesar das diferenças que tivemos ao longo dos anos, meu respeito pelo arcebispo é muito grande; a última vez que estive com ele foi para informá-lo de que havia obtido no INPI o registro do título Folha do Norte do Paraná, jornal que ele fundou e marcou época.

O famoso Corcel 75, preto, que dom Jaime Luiz Coelho dirigiu até 2005, foi deixado em testamento para a Arquidiocese, de Maringá. Agora, inclusive no Facebook, o arcebispo dom Anuar Battisti tem recebido sugestões sobre o que fazer com o carro. O testamento material teve sete versões, sendo finalizado em setembro de 2008, informa Marcus Ayres na Gazeta Maringá. No documento, o arcebispo faz a doação de seus três veículos. O modelo mais recente, um VW Fox Focus 2002, será entregue ao Núcleo Social João XXIII, entidade administrada pelas Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Já o Corcel 1975 foi doado para a Arquidiocese de Maringá, enquanto um Ford Del Rey foi dado ao Lar dos Velhinhos. A arquidiocese também ficará com a posse de um velho piano e uma cruz de ouro, que foi destinada ao Museu Diocesano instalado na Catedral, mas que atualmente está desativado. Os livros e documentos do religioso serão levados para a biblioteca do Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora da Glória. Aqui, o testamento espiritual de dom Jaime.

A missa oficial de sétimo dia do primeiro arcebispo de Maringá, dom Jaime Luiz Coelho, será celebrada na próxima segunda-feira às 18h30 na Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória. Todos os padres da Arquidiocese de Maringá são convidados a concelebrar com o arcebispo dom Anuar Battisti. Aqueles que não puderem estar presentes, a orientação é para que rezem pela alma de dom Jaime em suas paróquias.

Paulo Ramires disponibilizou em seu blog todas as reportagens feitas para a Rádio Colmeia, de Mandaguaçu, sobre a morte do primeiro arcebispo de Maringá, dom Jaime Luiz Coelho. A rádio pertence à arquidiocese (aqui). Acima, uma reportagem onde dom Jaime lê uma carta que escreveu ao papa Francisco, em que lhe deseja muitos anos e, reconhecendo o ocaso de sua vida, pede sua bênção. Em seus 97 anos, dom Jaime viveu durante o pontificado de nove papas.

O corpo de dom Jaime Luiz Coelho foi colocado na primeira gaveta da cripta (catacumba), projetada para o sepultamento de bispos e curas da Catedral de Maringá. São 24 espaços. Desde abril de 2011 estão no local os restos mortais de padre Sidney Zanettini, falecido em Nova Prara (RS), que foi cura da igreja. Em 28 de fevereiro de 2010, na missa de sagração episcopal de dom Edmar Peron, bispo auxiliar de São Paulo – o primeiro padre da Arquidiocese de Maringá aqui nascido recebido por dom Jaime no seminário, por ele ordenado diácono, sacerdote e bispo -, o primeiro arcebispo disse num certo trecho, de acordo com a biografia de Everton Barbosa e Luciana Peña: “‘Ide e evangelizai’, disse Jesus. Disse Pedro a Jesus: ‘Senhor, como é bom estarmos aqui neste santo monte da Transfiguração’. Portanto, querido padre Edmar, você traz para todos nós essa grande alegria, para mim principalmente na minha velhice, já caminhando para a eternidade. Lembre-se que meu túmulo está aqui em baixo, na cripta. Falando hoje de vida e de grandeza, mas vamos falar também da morte, porque é certa. Viva a beleza da Transfiguração, que é o caminho certo da santidade.”

Dom Jaime em missa campal de posse da diocese de Maringá. Ao fundo, multidao, Grande Hotel (novinho). Prefeito João Paulino Vieira Filho e dona Branca na primeira fila. Veja mais no blog MPB.

Na sessão plenária desta terça-feira, o senador Alvaro Dias (PSDB) apresentou requerimento de voto de pesar em homenagem aoprimeiro arcebispo de Maringá, dom Jaime Luiz de Coelho, que faleceu na madrugada de ontem. O senador afirmou que, mais do que um pastor de almas, o religioso teve importante atuação no desenvolvimento da cidade e da região no Estado do Paraná. “Numa justa homenagem, a prefeitura de Maringá decretou luto oficial de três dias. E a Arquidiocese de Maringá adotou uma iniciativa bem de acordo com o exemplo de humildade e simplicidade dado pelo papa Francisco em sua recente visita ao Brasil: exortou os fiéis que quiserem homenagear o falecido arcebispo a substituírem o clássico envio de coroas de flores por doações às obras assistenciais da Igreja”, disse o senador.

O Coral Infantojuvenil Arquidiocesano prestou homenagem a dom Jaime na missa das 12h de hoje na Catedral. Dom Jaime apreciava muito o trabalho liderado pelo padre Orivaldo, Denise e Elton.

A direção do campus Maringá da PUCPR decidiu suspender as aulas desta terça-feira, em razão do falecimento de dom Jaime Luiz Coelho, ocorrido nesta madrugada. As aulas foram suspensas no campus em todos os turnos e para todos os cursos. “A Direção do Câmpus e toda a Administração Acadêmica expressam profundo pesar pelo ocorrido e, neste gesto, manifestam seu respeito e admiração a tão importante personalidade”, diz comunicado da instituição.

Por e-mail, o arquiteto José Carlos Bellucci, filho do arquiteto José Augusto Bellucci, responsável pelo projeto inicial da Catedral de Maringá, lamentou a morte de dom Jaime Luiz Coelho. “Dirijo-me a todos os paroquianos, neste momento da partida de dom Jaime. As nossas sinceras condolências”, escreveu Bellucci. José Augusto Bellucci morreu em 1998.

O médico e deputado estadual Dr. Batista (PMN) registrou voto de pesar pelo falecimento do primeiro arcebispo de Maringá, dom Jaime Luiz Coelho, durante a sessão desta segunda-feira na Assembleia Legislativa.  Ele destacou a importância de dom Jaime, de quem era amigo, para o desenvolvimento do noroeste do estado. Por iniciativa do parlamentar, a Alep estará representada oficialmente amanhã, através de uma comissão de deputados da região, no velório e sepultamento do religioso.

A RPC TV colocou link na praça da Catedral, onde se realiza o velório do primeiro arcebispo de Maringá, para transmitir ao vivo informações do funeral. A TV Cultura (Globo) também foi uma das iniciativas que tiveram a participação e o empenho de dom Jaime, que foi durante muitos anos sócio minoritário da emissora.

Capa do biográfico “Jaime – Uma história de fé e empreendedorismo”, lançado em 2011 pela DNP Editora. Inicialmente, conta Edivaldo Magro, o livro não seria escrito por Everton Barbosa, que contou com a co-autoria de Luciana Peña, como foi, e sim pelo jornalista Marcelo Bulgarelli, com quem já havia mantido contato. A decisão sobre a autoria foi do próprio dom Jaime, que ‘exigiu’ que o trabalho fosse executado pelo Everton Barbosa, que já era assessor da arquidiocese e participava do cotidiano do primeiro arcebispo da cidade.

A criação da UEM está diretamente ligada a atuação política de dom Jaime em parceria com o falecido prefeito Adriano Valente. “Se não fossem eles provavelmente hoje não haveria a UEM”, observa o ex-reitor Gilberto Pavanelli. A Universidade Estadual de Maringá decretou três dias de luto pela morte do arcebispo emérito de Maringá, professor honoris causa da instituição (foto). Dom Jaime desempenhou um papel importante na criação da UEM, cuja história originou-se da junção das faculdades de Ciências Econômicas, de Direito, de Filosofia, Ciências e Letras e mais o Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas. Desse grupo, a primeira a ser criada foi a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Maringá. A escolha pelo curso teve a influência direta do arcebispo. Leia mais.

Nota de pesar foi divulgada nesta tarde pela CNBB e lembra que dom Jaime Luiz Coelho “colaborou na consolidação do Regional Sul 2, do qual foi o seu primeiro secretário (1964-1965)”. A nota é assinada pelo secretário-geral da instituição, dom Leonardo Ulrich Steiner. Na íntegra: “A Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) recebe, com profundo pesar, a notícia da morte de dom Jaime Luiz Coelho, arcebispo emérito de Maringá (PR), ocorrida no início da madrugada desta segunda-feira, 5 de agosto de 2013. Continue lendo ›

Para JC Cecílio, que no últimpo sábado postou em seu blog a Carta Pastoral de dom Jaime destada de 1957, Maringá perdeu a figura mais importante de sua história. “Maringá está muito triste hoje, me incluo neste pesar. Dia de reflexão e oração”, escreveu.

O repórter Bruno Gerhard fez uma série de reportagens exibidas no programa Balanço Geral da RIC TV Record, em homenagem ao aniversário de 97 anos do primeiro bispo de Maringá, dom Jaime Luiz Coelho, que faleceu nesta madrugada. As reportagens foram exibidas há alguns dias, divididas em cinco episódios, com imagens de Célio Mendonça e edição de Jean Jardim.

Irmãos de dom Jaime participam da missa na Catedral de Maringá, na tarde desta segunda-feira. São eles Sylvio Coelho, Wanda Coelho da Silva e Alice Cunha Coelho Sproesser. Foto Everton Barbosa.

Do deputado estadual Enio Verri (PT), nesta manhã:
É com muito pesar que recebi a triste notícia da morte do dom Jaime. Dom Jaime teve uma vida de dedicação a Maringá. Foi o primeiro bispo da Cidade Canção, idealizador da Catedral Nossa Senhora da Glória, símbolo da nossa cidade, fundou a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas que viria a ser a Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi o responsável pela criação da Folha do Norte do Paraná e TV Terceiro Milênio, entre tantas outras contribuições. Que Deus o tenha!

A sessão ordinária da Câmara de Maringá, que aconteceria na tarde de amanhã, foi transferida para quarta-feira, no mesmo horário (às 16h), em função do sepultamento do ex-arcebispo de Maringá dom Jaime Luiz Coelho. O sepultamento está previsto para o início da noite de amanhã.
PS – Pouco menos de uma hora depois de divulgar a informação, a Câmara de Maringá decidiu anunciar o cancelamento da sessão. A razão é regimental. Também a reunião de hoje da CPI do Transporte Coletivo, que aconteceria às 15h, foi cancelada.

O pioneiro Joaquim Romero Fuentes, que recentemente completou 97 anos, estava na primeira fala da primeira missa pelo falecimento de dom Jaime Luiz Coelho, no início desta tarde, na Catedral de Maringá, onde chegou de cadeira de rodas. Seu Joaquim presidiu a comissão que trabalhou na finalização da construção da Catedral.

Começou às 12h em ponto a primeira missa de corpo presente pela morte de dom Jaime Luiz Coelho. O arcebispo metropolitano dom Anuar Battisti presidiu a cerimônia.

Em 1965, quando a diretoria liderada por José Cassiano Gomes dos Reis Júnior assumiu o comando da Cocamar, a primeira pessoa a ser procurada, em busca de apoio, foi o então bispo diocesano de Maringá, dom Jaime Luiz Coelho. O religioso, uma das personalidades mais influentes do município, poderia ajudar a cooperativa a fortalecer o relacionamento com os produtores da região. Fundada dois anos antes, a entidade passava por sérias dificuldades, corria o risco de fechar as portas e muitos cafeicultores haviam se afastado.Dom Jaime não apenas prontificou-se a ajudar a Cocamar como determinou que a Mitra se tornasse associada, passando a depositar na cooperativa todas as sacas de café doadas pelos produtores para financiar a construção da Catedral. Sua atitude ajudou a resgatar a confiança dos produtores.Continue lendo ›

Por ocasião da morte do primeiro acebispo de Maringá, dom Jaime Luiz Coelho, a Arquidiocese de Maringá decreta luto oficial de três dias. As 56 paróquias da Arquidiocese estarão fechadas a partir das 12h desta segunda-feira retomam com o expediente normal na quarta-feira, 7. As missas de corpo presente serão celebradas na Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória hoje às 12h, 15h, 18h30, 24h e amanhã às 3h, 7h, 12h, 15h e às 18h30. Todas as atividades pastorais que estavam programadas para esta segunda e terça-feira deverão ser canceladas

Ao contrário do que informa nota emitida há pouco pela assessoria do prefeito, Carlos Pupin (PP), o velório de dom Jaime Luiz Coelho não está ocorrendo na Catedral de Maringá. O velório está marcado para começar às 12h, segundo a arquidiocese. A previsão é de que o corpo chegue à basílica menor por volta das 11h, começando em seguida os trâmites. A primeira missa será celebrada às 12h, assim que a cerimônia começar. A prefeitura decretou luto oficial por três dias.

Do professor Reginaldo Benedito Dias, do Departamento de História da UEM:
– Se apenas um entre os atuais maringaenses for lembrado quando a cidade completar 300 anos, certamente será dom Jaime. Isso dá uma ideia do tamanho de sua importância.

Gravação em áudio de uma pregação de dom Jaime Luiz Coelho, feita em 4 de abril de 1969, uma Sexta-Feira da Paixão, na praça da Catedral. Outro documento histórico disponibilizado por Marta Gambini no YouTube é a homilia feita no Domingo de Páscoa, 30 de março de 1975.