futuro da nação

Crônica

O futuro da Nação

Do padre Orivaldo Robles:
Ou me engano ou tenho memória curta. Parece-me que em anos passados havia menos pedintes em nossas ruas. Hoje encontramo-los por todo o lado. Nos anos 1980, fiz um curso de especialização em país latino-americano ao norte do Brasil. Impressionou-me o número de mendigos. Pensei: “No Brasil não se vê isso”. Hoje, não me arrisco a dizer o mesmo. E todos os indicadores apontam que nosso País melhorou ultimamente.
Uma das causas é, sem dúvida, a desgraça das drogas, que domina parcela considerável da população. Hoje, ela não se restringe às grande cidades. Invadiu todos os espaços. Naquele curso ouvi falar de “drogadictos”, mas não tinha ainda noção exata da calamidade escondida por trás dessa palavra. Em poucos anos assolou-nos uma tragédia que reduz pessoas a farrapos, sem perspectiva de dignidade nem de futuro. Em Maringá, a Igreja Católica oferece pelo menos quatro instituições, mas nem de longe sonha em resolver o problema. Os voluntários do Marev, do Projeto Plantando Vidas, do Recanto Mundo Jovem e da Casa de Nazaré sabem que apenas despejam uma gota d’água num deserto de miséria. É a contribuição católica para nossa comunidade ferida por uma chaga que parece não ter fim.Continue lendo ›