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A marca do governo Jair Bolsonaro mudou, depois dos últimos acontecimentos (o deputado-genro de Silvio Santos comandará o 24º dos 15 ministérios prometidos em campanha). Saiu o “Pátria Amada Brasil” e entrou o “Topa tudo por dinheiro”.

Opinião

O ‘Bolsa Mídia’ do governo Bolsonaro

De Josias de Souza:

Antes mesmo de sentar-se no trono, Jair Bolsonaro já havia declarado, em outubro de 2018, que é “totalmente favorável à liberdade de imprensa”. Mas preocupara-se em esclarecer: “Temos a questão da propaganda oficial do governo, que é uma outra coisa.” Veículo de comunicação que se comportar de “maneira indigna”, avisara o capitão, “não terá recurso do governo federal.”

Notícia veiculada nesta segunda-feira pela Folha [de Fábio Fabrini e Julio Wiziack] indica que, na gestão de Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação do Planalto, certos veículos de fato não perdem por esperar. Ganham! Na campanha sobre a reforma da Previdência, receberam fatias mais generosas do bolo publicitário as emissoras que apoiam Bolsonaro ou são clientes de uma firma de Wajngarten.

Afora o conflito de interesses que sujeita Wajngarten a um processo por improbidade administrativa, a Secom rasga as normas que atrelam a contratação da publicidade governamental à audiência do contratado. Dona dos maiores índices, a Globo, vista por Bolsonaro como inimiga, foi preterida no rateio da verba.

Criou-se sob Bolsonaro algo muito parecido com um programa “Bolsa Mídia.” Sua implementação alimenta a ilusão de que o pedaço da imprensa que imprensa pode ser asfixiado. Na nova era, o Brasil está acima de tudo, Deus se mantém acima de todos” e Bolsonaro tem a pretensão de estar acima de qualquer suspeita. Isso costuma terminar em inquérito.