O golpe detalhado na ação civil pública relata eventos ocorridos em 2011 e 2012, quando o dono da cidade decidiu, por alguma razão que ainda não veio a público, que o novo Parque Industrial de Maringá seria na Gleba Pinguim, saída para Campo Mourão, e não mais na Gleba Ribeirão Colombo, às margens da BR-376, saída para Paranavaí (a administração chegou a anunciar em 2010 a desapropriação de 77 alqueires naquela região para a implantação do parque, como registrou Fábio Linjardi em 2010). Esta semana o ex-prefeito Silvio Barros II (PHS) , ao se defender da ação do MP que deve lhe custar o futuro político, afirmou sobre o chuncho: “Não me surpreende que a partir do momento que a prefeitura publica de maneira clara e transparente que ela está buscando terras para comprar, os corretores começam a trabalhar. Aliás, os corretores vivem disso, de identificar quem quer comprar e quem quer vender”.
Ao promotor Maurício Kalache, que assina a ação, chegará nas próximas horas detalhes da notícia, até agora inédita, de que numa manhã de quinta-feira de 2009, quando o município havia confirmado que o parque industrial seria na saída para Paranavaí, Silvio Barros II disse a proprietários de terras daquela região que, se quisessem vender suas terras, à época em processo de inventário, ele conhecia “um investidor de São Paulo” que estaria comprando lotes naquelas imediações. Pura coincidência, certamente.