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Ivana Veraldo

O suicídio do aluno

Presume-se que um aluno do quinto ano do ensino fundamental do Colégio São Bento, Rio de Janeiro, tenha se suicidado no dia 28.09. Esse Colégio é privado e possui muito prestígio. É freqüentado pelos filhos da elite carioca. A mensalidade do ensino fundamental, anos iniciais, é de R$ 2.280,00. O suposto suicídio revela a fragilidade do projeto formativo das famílias endinheiradas que almejam controlar e vigiar os passos de sua prole, monitorar suas condutas, protegê-las a todo o custo do mundo violento e inseguro. Essas famílias elitizadas tem acesso a bens e serviços especializados e buscam isolar-se do contato com o mundo nefasto; isolam-se nos shoppings, nas escolas com muros altos e câmeras, nos condomínios fechados. Estimulam seus filhos a serem os melhores, a buscarem o sucesso, a serem tops em tudo o que fazem. Nem todos conseguem, alguns sucumbem, falham (porque são humanos). A morte do garoto de 12 anos pode revelar a fragilidade desse projeto.
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Creche não pode tirar férias

Como estamos na fase da campanha para o segundo turno das eleições municipais seria interessante ouvir dos candidatos o que eles pensam sobre a necessidade de funcionamento dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) o ano todo. Em alguns municípios brasileiros a Defensoria Pública tem movido ações contra as prefeituras para garantir a abertura das creches municipais de maneira ininterrupta durante todo o ano. Tomam como base a Constituição de 88, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), afirmando que a Educação Infantil é dever do Estado e direito da criança, “não sendo permitido ao administrador municipal restringir o acesso a esse direito”. As defensorias argumentam que as creches constituem serviço público essencial, não apenas relacionado à educação, mas também à assistência social, motivo pelo qual não pode sofrer interrupções. Em Maringá, nas férias, funcionam apenas algumas unidades, mas não todas, causando muitos problemas para as mães e pais que precisam trabalhar e não encontram o serviço ofertado nas proximidades de suas residências. Como será que os candidatos Enio e Pupin resolveriam essa questão?
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Cola em massa

Alunos da famosa Universidade de Harvard são acusados de terem realizado uma “cola em massa”. Em agosto último, 125 estudantes dessa instituição teriam cometido a fraude no curso de Introdução ao Congresso, para o qual fizeram em grupo um trabalho que deveria ter sido feito individualmente. Os alunos estão sob a investigação do Conselho Administrativo da instituição e os culpados poderão ser suspensos por um ano. Ah se a moda pega!
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Dia do Professor

Hoje comemoramos o Dia do Professor. Isso ocorre no dia 15 de outubro em homenagem a uma lei promulgada, nesse dia, no ano de 1827; a lei criou o Ensino Elementar no Brasil, descentralizou o ensino, estabeleceu o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. Contudo, a proposta ficou no plano da lei e não se realizou, dadas as limitações das províncias. A data comemorativa foi instituída no ano de 1947 e foi oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 1963.
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Número de alunos em sala de aula

Está na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado o projeto de lei n.504/2011 que altera o parágrafo único do art. 25 da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), para estabelecer o número máximo de alunos por turma na pré-escola e no ensino fundamental e médio. O PLS é do senador Humberto Costa (PT-PE) e propõe que as turmas de pré-escola e dos primeiros dois anos do ensino fundamental não poderão exceder a 25 alunos. Já as classes das demais séries do ensino fundamental e as do ensino médio deverão ter, no máximo, 35 alunos. Um substitutivo acrescentou a possibilidade de a turma ultrapassar o limite estabelecido em até 20%. Para isso, é necessário que a sala de aula, na educação infantil, possua tamanho equivalente a um e meio metro quadrado por aluno, e nas turmas de ensino fundamental e médio, um metro quadrado por aluno. O projeto é importante é requer muita discussão já que a relação entre o número de alunos e professores é uma das causas da falta de qualidade da educação.
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Blog

Filmes para o vestibular

Filmes recomendados para os jovens que estão se preparando para o vestibular, mas querem aprender relaxando: as animações Procurando Nemo, Madagascar, A Ra do Gelo, Vida de Inseto e Rio; os filmes Adeus Lênin, Diamante de Sangue, Diários de Motocicleta, Hotel Ruanda, Notícias de uma Guerra Particular, Tropa de Elite 2, Persépolis, Quanto vale ou é por quilo?, Xingu, Laranja Mecânica, Lixo Extraordinário, O menino do pijama Listrado, Preciosa, O Ano em que meus Pais saíram de férias. Veja as razões clicando aqui.

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E o mundo não acabou

Era para acabar ontem, às 16h, segundo o ex-vigilante Luís Pereira dos Santos que se dizia profeta e há quatro anos pregava o juízo final em Teresina (PI). O fim do mundo era aguardado por 131 seguidores da seita criada por ele. Houve revolta da população local e a manifestação acabou com vários feridos e presos. Precisamos refletir sobre as condições que levam tantas pessoas a acreditarem nessas falsas profecias.
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Alunos burros e alunos espertos

A atitude do professor em relação aos alunos revela crenças que são moldadas ao longo do percurso escolar, comprova pesquisa realizada nos EUA. Os professores tendem a desestimular os alunos que consideram menos capazes, os “burros”, e estimular os mais capazes, os “espertos”. Sorri menos para os “burros”, mostra impaciência e não leva suas dúvidas a sério. Quando um aluno “esperto” não entende um assunto, o professor toma aquela dúvida como um feedback do trabalho dele; pensa em fazer uma revisão da matéria, por exemplo. Se um estudante “burro” tem dúvida, o professor age como se só ele não tivesse entendido. Os “burros” ficam mais “burros” e os espertos mais espertos. Assim as crenças são moldadas e nunca subvertidas. É necessário rever esse comportamento.
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Troca de favores ou políticas públicas?

Clientelismo é a prática política de troca de favores, na qual os eleitores são encarados como “clientes”. O político concentra seus projetos e funções no objetivo de prover os interesses de indivíduos ou grupos com os quais mantém uma relação de proximidade pessoal, e em meio a esta relação de troca é que o político recebe os votos que busca para se eleger no cargo desejado. O clientelismo possui suas raízes na sociedade rural tradicional. Atualmente, clientelismo se traduz em um tipo de relação entre atores políticos, envolvendo a concessão de benefícios públicos (empregos, benefícios fiscais, isenções, etc) em troca de apoio político, permanecendo a sua forma básica, que envolve a negociação do voto. O clientelismo é a porta da corrupção política. Necessitamos combater a prática da troca de favores e votar nos políticos que vão lutar pela criação de políticas públicas para melhorar a vida de todos os cidadãos e não somente dos seus clientes. Precisamos decretar a morte definitiva desse velho modo de fazer política.
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Pré-teste da Prova Docente em 2012

A Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente (Prova Docente) é uma avaliação que tem como objetivo subsidiar os Estados e os Municípios no processo de seleção de docentes para a educação básica. No ano de 2010 o Inep elaborou uma Matriz de Referência e decidiu que a prova será realizada no segundo semestre de 2013. Agora, no segundo semestre de 2012, haverá um pré-teste, a aplicação de um “piloto” da avaliação com o objetivo de coletar dados para pesquisa. Após a análise dos resultados do pré-teste a Matriz de Referência será validada e estará pronta para subsidiar a Prova Docente. Já escrevi neste blog sobre o risco da Prova induzir os currículos das Instituições de ensino superior, sobre a possibilidade de criação de um sistema classificatório dessas instituições e o surgimento de uma corrida pelos melhores empregos. A Prova Docente não vai resolver o problema da inexistência de plano de carreira do magistério, do não cumprimento do piso salarial nacional, da ausência de uma política de formação continuada e da falta de apoio ao trabalho dos professores.
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Perdemos Hobsbawm

Morreu hoje, aos 95 anos, em Londres, o historiador Eric Hobsbawm, grande intelectual, considerado um dos maiores historiadores do século XX. Ele escreveu ‘A era dos extremos’, ‘A era do capital’ e outras obras. O pensamento crítico está de luto. Eu estou de luto pois muito do que sei aprendi com esse pensador.
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Tempo de aprendizagem

O tempo médio real de aproveitamento das 4 horas de aula é pequeno. O restante é gasto com chamada, distribuição de deveres e outras atividades não didáticas. O tempo dedicado exclusivamente ao aprendizado em escolas com mau desempenho no Brasil é de 1h17 (32%), nas escolas com desempenho mediano é de 1h44 (43%) e nas escolas com bom desempenho é de 2h13 (55%). Os dados foram extraídos de uma pesquisa realizada pelo Banco Mundial.
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Os alunos conversam, dormem ou…

Segundo estudo realizado pelo Banco Mundial os estudantes permanecem muito tempo conversando, dormindo ou mexendo no celular. Enquanto em alguns países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) esse tempo é de 6% da aula, no Brasil a média é de 45% do tempo da aula.
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Câmeras nas escolas

Já tratei desse assunto, mas volto a ele porque tem candidato a prefeitura de Maringá propondo instalar câmeras nas escolas e porquanto penso ser necessário criticar a apresentação de soluções de caráter imediatista e midiático. Grades, cadeados e câmeras de segurança nas escolas podem dar a sensação de proteção e até serem importantes em alguns casos, porém se tomadas isoladamente essas medidas podem tornar a escola refém do próprio entorno. Especialistas em violência nas escolas recomendam a adoção de medidas preventivas como prioridade.
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Horário de entrada e saída da escola

Em Maringá, as escolas públicas e as privadas deixam muito a desejar nesse quesito, causando grandes confusões. A maneira como cada escola organiza a chegada e a partida dos estudantes diz muito sobre como ela se relaciona com os alunos, as famílias e os funcionários. Cabe à direção programar a entrada e a saída dos estudantes de acordo com o segmento de ensino, o tamanho da escola e o perfil do público. Os gestores devem conhecer a escola, a comunidade, os meios de transporte utilizados e a distância média percorrida da residência à escola. Assim, fica mais fácil planejar a abertura dos portões e a recepção dos estudantes. É importante que a escola coordene o fluxo, organize a entrega dos alunos por parte das famílias e do transporte, controle os atrasos e crie medidas de segurançasobre quem está autorizado a deixar e retirar os alunos. Além disso, é prioritária a presença do diretor na escola para resolver os problemas que possam surgir nesses horários.
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O docente ideal para o MEC

1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas. 2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos. 3. Conhece as didáticas das disciplinas. 4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas. 5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem. 6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos. 7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem. Continue lendo ›

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Ampliação do tempo de permanência na escola

Em 2011, o Ministério da Educação (MEC) propôs a meta de em 5 anos ampliar a duração da carga diária de aulas de 4 para 5 horas, em 10 anos, para 6, e em 15 anos, para 7. Paralelamente, o Plano Nacional de Educação (PNE) propõe que 50% das instituições públicas de Educação Básica ampliem sua jornada até 2020. Se as escolas não possuírem estrutura disponível as atividades podem ser realizadas em instalações de instituições parceiras. Alertamos para a possibilidade de ocorrerem problemas graves. Há o risco de a criança receber um atendimento meramente assistencialista, fora do projeto pedagógico da escola, às vezes fornecido por quem não possui formação para lecionar. Algumas experiências empobrecem a rotina e geram, inclusive, a saída de alunos.
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Pergunte ao seu candidato

Especialistas em gestão municipal e em políticas públicas prepararam cinco perguntas que você, como eleitor interessado na evolução da Educação de sua cidade, deve fazer aos políticos aos quais pretende dar seu voto: Qual a proposta para aumentar o atendimento na Educação Infantil? Como resolver o problema das crianças fora da escola? Como melhorar o desempenho da rede municipal nas avaliações? Como aumentar a participação da população na gestão pública? Como pagar o piso nacional e atender à exigência da jornada extraclasse? Os especialistas advertem: cuidado com as falsas promessas.
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Será o fim do Turno da Fome?

Turno da fome, turno intermediário ou terceiro turno: assim é chamado o turno escolar que tem início às 11h e vai até 14h. Com carga horária menor que os turnos convencionais, a modalidade sobrevive até hoje em muitos municípios brasileiros. Essa é a maneira que as secretarias municipais encontram para resolver de modo paliativo o aumento da demanda pela escola e a superlotação das salas. Acabar com o turno da fome é a promessa de muitos candidatos a prefeitura. Em Maringá não há mais a oferta desse turno. Problema histórico e arraigado nas práticas educacionais municipais.
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Séries finais do ensino fundamental estão no limbo

Essa é a conclusão de trabalho da Fundação Carlos Chagas. O estudo analisou normas e programas específicos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e verificou que há poucas pesquisas e raras políticas públicas voltadas a essas séries. No âmbito da União, os pesquisadores encontraram só uma política com o foco de capacitação de docentes. O país prioriza os primeiros anos do fundamental. Enquanto o Ideb da etapa inicial aumentou 1,2 ponto em seis anos, numa escala até 10, os anos finais avançaram apenas 0,6. É o momento que o aluno passa a ter vários professores. Nem ele nem a escola estão preparados.
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Cidadania moral, ética e política nos currículos

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado acabou de aprovar o Projeto de Lei 2/2012 que inclui a disciplina “Cidadania Moral e Ética” no currículo do ensino fundamental e “Ética Social e Política” no ensino médio.Parece que estamos voltando ao passado quando eram obrigatórias as disciplinas de “Educação Moral e Cívica”, “Organização Social e Política do Brasil” (OSPB) e “Estudos dos Problemas Brasileiros” (EPB). Disciplinas criadas em 1969 durante o governo ditatorial do presidente Médici e extintas em 1993. Em 1997 os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) propuseram o ensino da Educação Moral e Ética atravessado no currículo. Será que a transversalidade não está funcionando? O fato é que já há um excesso de disciplinas no currículo da educação básica. Quais são as semelhanças e as diferenças entre o modelo sugerido agora e o instalado na época da Ditadura?
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Eleições e educação: a educação como prioridade?

Os temas prioritários desta campanha eleitoral são: saúde, segurança, mobilidade urbana e educação. A educação aparece como prioridade no discurso eleitoral desde a década de 80. Se de fato fosse prioritária muito já teria sido feito por essa área. Constata-se, pois, que é apenas um discurso, uma afirmação esvaziada de ações concretas. Chega de demagogia, para que a educação seja efetivamente uma prioridade é preciso aumentar o investimento e direcionar as ações para esse campo.
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“Menino de escola”

Eu sou da época em que a rua era o lugar principal das nossas brincadeiras; um espaço libertador. Hoje, “rua” tornou-se categoria sociológica que determina um lugar inadequado no qual as pessoas ficam em situação de extrema vulnerabilidade. Há, inclusive, uma luta incessante pelo aumento do tempo de permanência das crianças na escola para retirá-las dos perigos das ruas: ensino fundamental de nove anos, escola de tempo integral, aumento dos dias letivos… A escola se transforma no “lugar”, por excelência, da criança. Seria o fim da infância livre e alegre? Estamos roubando a infância de nossas crianças e enquadrando-as na escola, institucionalizando-as desde a mais tenra idade?
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Votamos como consumidores ou como cidadãos?

É evidente que a campanha eleitoral está despolitizada e isso se manifesta de várias maneiras, entre outras pela contratação de marqueteiros para elaborar a plataformas dos candidatos. Eles são encarregados de identificar o gosto do consumidor, o eleitor médio, e preparar um discurso palatável. Consumidores precisam de marketing e não de política. O consumidor é passivo, individualista, não sabe distinguir a real necessidade do objeto de desejo, é comprometido apenas com sua vida particular, no máximo com a da sua família. Já o cidadão pensa no coletivo e está preocupado com o acesso de todos à educação, ao saneamento, habitação, saúde, mobilidade urbana (transporte público), com a qualidade de vida. Como devemos votar? Como consumidores ou como cidadãos? Baseados nos interesses particulares e imediatos, ou nos i nteresses coletivos de médio e longo prazo?
Ivana Veraldo

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Pasteurização do repertório político

Maringá tem vários postulantes à prefeitura, mas quem acompanha o horário eleitoral tem a sensação de que as promessas são semelhantes, especialmente entre aqueles com trais chance de se eleger. Dá uma sensação de dèjá vu diante das promessas dos candidatos. Ou seja, a diversidade de nomes e partidos não se traduz, necessariamente, em propostas variadas e originais: em áreas como saúde e educação, muitos compromissos soam repetitivos e, em alguns casos, parecem até idênticos. Em que se diferenciam os candidatos se suas propostas são consensuais? As diferenças residem apenas na forma de execução? Ao optar por propostas consensuais os candidatos estão mirando apenas o eleitor médio? O grande desafio, nesse cenário impreciso, é fazer a escolha certa.
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Reforma do Ensino Médio 1

Ainda não foi implementada a reforma do currículo do ensino médio, homologada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) no ano passado. Porém, depois da divulgação do baixo desempenho dos alunos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb- 2011) o MEC se viu forçado a acelerar as mudanças. As novas diretrizes agrupam as disciplinas nas áreas do conhecimento que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) propõe: matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias. Há também a proposta para a conclusão do ensino noturno em mais tempo do que os três anos estabelecidos hoje.
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Reforma do Ensino Médio 2

Especialistas no assunto registram inúmeros entraves para a execução da proposta. A) o problema da formação dos professores, que estariam despreparados para a interdisciplinaridade do currículo; B) a fragmentação dos conteúdos curriculares, isto é disciplinas desconectadas; C) desaparecendo as disciplinas, desaparece a figura do professor da escola média, uma vez que é pelo domínio de um conteúdo específico que ele se caracteriza; D) o professor do ensino médio será um generalista igual ao professor do ensino das primeiras séries do ensino fundamental; E) não havendo mais o professor de uma disciplina específica para que serviriam os cursos de licenciatura nas universidades? F) as áreas não funcionarão de imediato, haverá, então, o caos na escola média que poderá se configurar como um “lugar de espera”, um lugar para segurar uma juventude que deverá esperar a universidade para voltar a ter professor especialista.
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Eleições municipais e educação

Os candidatos à prefeitura precisam tratar a educação com o devido cuidado. Investir em educação é um processo de longa duração, com retornos que transcendem o horizonte de um ou dois mandatos. É preciso dar continuidade aos avanços já alcançados anteriormente e desenvolver iniciativas importantes para a educação infantil e para o ensino fundamental. Políticas educacionais devem ser definidas como políticas de Estado, que permanecem independentemente do partido no poder.
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