josias de souza

Brasil

Erros de Bolsonaro ameaçam projeto para 2022

De Josias de Souza, no UOL

Jair Bolsonaro e Lula tornaram-se cabos eleitorais um do outro. Interessa a ambos repetir em 2022 a polarização de 2018. Se a eleição fosse hoje, indicam as pesquisas, Bolsonaro prevaleceria com folga sobre Lula. Ou sobre o poste que o líder petista indicasse. Mas o jogo não está jogado. Há gatos gordos na tuba do projeto político do presidente.

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Brasil

Nem a rua será capaz de tirar Lava Jato do forno

Por Josias de Souza:

Ninguém imagina a família presidencial, o procurador-geral, os supremos magistrados e os injustiçados do centrão com os pés em cima da mesa, uisquinho na mão, entoando o lema da moda: “A oligarquia unida jamais será vencida.” Como é impossível supor que o forno de assar pizzas em que a Lava Jato foi enfiada acendeu por geração espontânea. Há método no funcionamento da pizzaria.

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Brasil

Braga Neto melhora estatísticas de desemprego

Por Josias de Souza:

A crise do coronavírus foi implacável com os empregos. Excluindo-se os subempregados e os desalentados, há no olho da rua cerca de 13 milhões de brasileiros. O general Braga Neto, ministro-chefe da Casa Civil, ainda não acendeu as fornalhas do programa de desenvolvimento Pró-Brasil. Mas já conseguiu melhorar as estatísticas familiares.

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Brasil

Queiroz virou excelente opção para a Casa Civil

Por Josias de Souza:

As perguntas ecoam nos gabinetes do Planalto e nos cômodos da sede do governo paralelo, no estado americano da Virgínia. O que houve com o capitão? O que explica o seu súbito desinteresse pelo enfrentamento justamente no momento em que o bolsonarismo virótico mais esperava dele? O desânimo, o timbre chocho? A ponto de o Weintraub fugir às pressas para Miami, lamuriando-se: Meu Deus, escantearam até o Olavão!…

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Blog

Estelionato eleitoral

De Josias de Souza:

Nos primeiros meses de governo, Jair Bolsonaro teve a oportunidade de negociar com o Congresso de fronte erguida. Imunizado pelo frescor dos 57,7 milhões de votos obtidos em urnas recém-abertas, o presidente poderia ter fixado as suas bases para um novo padrão de relacionamento com o Legislativo. Bolsonaro preferiu apostar na fricção de um presidencialismo de trincheira.

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Blog

Quando Bolsonaro exibirá provas de fraude nas urnas?

Por Josias de Souza:

Mal comparando, Jair Bolsonaro se parece muito com um cano furado. Um esbanja água num esguicho perdulário. Outro esbanja inverdades. O penúltimo jorro de Bolsonaro aconteceu no dia 9 de março, nos Estados Unidos. O capitão declarou que só não venceu a eleição presidencial no primeiro turno porque houve fraude eleitoral. Assegurou que dispõe de provas. E prometeu mostrar.

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Opinião

E se Sergio Moro chamar o caminhão de mudança?

De Josias de Souza, em seu blog:

No jogo de gato e rato que trava com Sergio Moro, Jair Bolsonaro se deu conta de que pode ter mais a perder do que o seu ministro. Menos de 24 horas depois de declarar que cogita desmembrar o Ministério da Justiça, retirando de Moro a área da Segurança Pública, Bolsonaro afirmou que a chance de algo assim acontecer “é zero”. Diz-se que o presidente recuou. Engano. Na frase seguinte, Bolsonaro esclareceu que essa é apenas a sua posição momentânea. “Não sei o amanhã, porque na política tudo muda”, disse ele.

Entre uma posição e outra, Bolsonaro foi submetido a uma avalanche de críticas nas redes sociais, seu habitat natural. Os gênios que cercam Bolosonaro no Planalto começaram a fazer em voz alta uma pergunta singela: o que acontecerá se Sergio Moro chamar o caminhão de mudança e sair batendo a porta? A pergunta indica que Bolsonaro meteu-se numa enrascada. Tendo ciência de que o passado político da primeira-família estava encostado em rachadinhas e nas relações perigosas com Fabrício Queiroz e milicianos do Rio, Bolsonaro chamou o xerife da Lava Jato para cuidar do combate à corrupção e ao crime organizado. Agora, tenta cortar as asas de Moro. Ironicamente, o ex-juiz contribui para para a própria fritura. Moro esqueceu de traçar limites a partir dos quais ele não recuaria. Sofre calado uma sequência de humilhações. Leia mais.

Blog

Bolsonaro é incapaz de oferecer exemplo de ética

Por Josias de Souza:

De um bom presidente espera-se que aproveite o cargo privilegiado que ocupa para irradiar bons exemplos ao país. No campo da ética, Jair Bolsonaro ainda não foi capaz de de inspirar bons exemplos. Mas o presidente tornou-se um fabuloso aviso. No final de semana, pronunciou mais uma frase que soa como aviso macabro. Referindo-se às investigações abertas contra os filhos Flávio e Carlos Bolsonaro, declarou que, se tivesse poder, “teria anulado, cancelado” os processos.

Numa República, como se sabe, todos são iguais perante a lei. Diz o latim: Dura lex, sed lex —a lei é dura, mas é lei. Bolsonaro preferiria “dura lex, sed látex —a lei é dura, mas estica sempre que for necessário livrar os filhos de encrencas. O cinismo de Bolsonaro explica a desfaçatez com que ele esvaziou o Coaf, o descaramento com que ameaçou intervir na PF e na Receita e a tranquilidade com que atropelou Sergio Moro na sanção do juiz de garantias. Leia mais.