Linda flor
Nesta semana, explicando sobre atendimento preferencial, a jovem funcionária quis saber se eu tinha 60 anos. Devolvi-lhe um sorriso de indulgência. Não me senti lisonjeado. Acho que ela quis ser delicada. Ou sentiu pena de mim. Não precisava. Não tenho problema com idade. Impossível esconder o estrago que os anos fazem. Inútil simular mocidade que não temos mais. Além de que certos fatos revelam o que vivemos. Como a entrevista de Paulo Roberto Pereira de Souza, ex-reitor da UEM, que li nestes dias. Reavivou-me uma enxurrada de lembranças.
Conheci Paulo Roberto em 1967, estudante no Gastão Vidigal, onde eu lecionava, mas não para sua turma. O Gastão reunia um quadro de professores admiráveis. A exemplo de Ary de Lima e Aniceto Matti, autores de letra e música do Hino a Maringá. Ou Darcy de Carvalho, José Hiran Salée, Walter Pelegrini, Renato Bernardi, Leila dos Santos, Ester Gonçalves, Henrique Ortêncio, Antônio Carlos Braga… Esses e dezenas de outros, já na casa do Pai. Sobreviventes, apenas septuagenários. Como eu, que nunca me senti admirável.Continue lendo ›
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