A festinha de aniversário do secretário da Fazenda e de Gestão de Maringá, José Luiz Bovo, vai acontecer daqui a pouco no paço municipal. Bovo, que é quem mais manda na prefeitura depois de Ricardo Barros, estará nos Estados Unidos de 11 a 20 de maio, em viagem a ser bancada pelo contribuinte maringaense (e que pode ser considerada um verdadeiro presente de aniversário), junto com o prefeito Carlos Roberto Pupin (PP).
Até os ipês brancos de Maringá sabem que Ricardo Barros tem sido, na prática, o prefeito da cidade nos últimos anos. Mas há uma diferença considerável entre os oito anos do irmão mais velho, Silvio Barros II, e os dois meses de Carlos Roberto Pupin. Nos dois mandatos do fratello, as decisões eram tomadas no escritório da avenida Prudente de Morais, onde até hoje acontece uma espécie de beija-mão semanal de lideranças locais. Silvio II ia ao escritório, onde lhe eram passadas as instruções, especialmente em decisões que interessavam de perto aos negócios do irmão, como as mudanças no Plano Diretor.
Com Pupin na prefeitura, essa situação mudou: Ricardo Barros despacha de dentro do gabinete do prefeito, no paço municipal. As primeiras nomeações dos 515 CCs, garantem, foram feitas com Ricardo sentado inclusive na cadeira de prefeito Uma reentrada por cima para quem saiu pela janela do mesmo prédio, no final de sua primeira gestão, em 92.
Um grupo de mais de uma dezena de mães cogita invadir o gabinete do prefeito Carlos Roberto Pupin se não forem atendidas. Há cerca de 45 minutos elas aguardam numa sala do segundo andar do paço municipal de Maringá serem recebidas por alguém da administração. O grupo reivindica a volta de um ônibus escolar que há mais de dez anos atendia alunos do Parque Itaipu. O Conselho Tutelar de Maringá encaminhou ofício à Seduc no último dia 25, mas não recebeu resposta. Pais e responsáveis por alunos das escolas municipais atingidas com a suspensão do ônibus se reuniram defronte o Fórum desde as 14h e se dirigiram ao paço, onde foram alojados numa sala.
O prefeito Pupin está reunido numa sala anexa ao seu gabinete com o chefe da cidade, Ricardo Barros, que também é secretário de Indústria e Comércio de Beto Richa.
PS – Chegou-se a uma solução provisória: aqui.
Na semana passada, o prefeito Carlos Roberto Pupin (PP) passou pela sala que fica na parte de baixo do paço municipal (a chamada Sala da Vergonha), onde oito pessoas tentam dar cara à Secretaria de Relações com a Comunidade. Ao ver a turma sem muito o que fazer, tascou: “Quando vocês vão começar a trabalhar?”. A sala passa por reformas, para poder abrigar uma parte dos 515 cargos comissionados, ajuntamento de indicados por terem apoiado Pupin no segundo turno. A frase fez efeito: ontem todos estavam dando uma de marceneiro e até o secretário Miguel Grillo estava ajudando na reforma.
O blog ficou sabendo que o ex-vereador Zebrão, agora assessor de Carlos Roberto Pupin (PP), tem se sentido incomodado por não ter sala no paço municipal. Mas, cá entre nós, se fosse preciso uma sala para cada assessor do prefeito seria preciso construir mais um paço municipal.
Um grupo de famílias que ocupa casas do Atenas foi barrado há pouco e proibido de entrar no paço municipal de Maringá. No grupo há mulheres e crianças, que reclamam o cumprimento de acordo discutido no final de ano passado com a Sasc e que incluiria o pagamento de aluguel social. Guardas municipais foram colocados na entrada principal do prédio e impedem a entrada das pessoas, que antes estavam na sede da Sasc.
O protesto silencioso dos engenheiros da Prefeitura de Maringá, iniciado ontem, deve continuar hoje. A categoria, que ainda não levou o caso ao sindicato e, sim, à associação de classe, sente-se desprezada pela administração desde que o prefeito em exercício, Carlos Roberto Pupin, autorizou aumento de 100% nos vencimentos de advogados e contadores do município.