tania tait
Nunca foi fácil lutar pelos direitos das mulheres
Eu não aceito um delegado da mulher! É meu direito!
Mais do que flores, queremos respeito e vacina já!

É o primeiro Dia Internacional da Mulher, em meio a uma pandemia que assola tristemente nosso país. A data de 8 de março foi criada em 1975 pelas Nações Unidas como forma de valorizar a atuação da mulher na sociedade e ao mesmo tempo colocar em pauta a luta pelos direitos das mulheres.
Continue lendo ›Desafios nos 89 anos do voto feminino

A luta pelo voto feminino começou na luta pela Proclamação da República do Brasil, realizada em 1889. No entanto, a mudança de regime brasileiro de império para república não garantiu o direito ao voto para as mulheres, que foi obtido apenas em 1933, ou seja, quase 50 anos depois de proclamada a República.
Continue lendo ›As mulheres e a pandemia

Vivemos uma crise sanitária sem precedentes, acompanhada de uma crise política e econômica que se apresentavam antes da pandemia. A pandemia fez aflorar problemas que existiam em nosso país.
Continue lendo ›Observações sob um sol de 40 graus

Além da temperatura altíssima e das estatísticas sobre o conoravírus, outras coisas estão acontecendo em Maringá. Sob um sol escaldante, vou destacar duas delas: a campanha eleitoral e o que se vê nas ruas da cidade.
Continue lendo ›Lei Maria da Penha completa 14 anos em meio a pandemia

A Lei Maria da Penha, promulgada em 2006 pelo então presidente Lula, aconteceu no período que se configura como a “terceira onda do feminismo”. A classificação do feminismo em “ondas” é um recurso didático que engloba as várias fases e lutas do movimento feminista no mundo.
Continue lendo ›A mineração dos dados nas redes sociais digitais
Por Maria Madalena Dias e Tania Tait:
Muito se diz que estamos na era da informação e do conhecimento, que a riqueza pode ser medida pelo volume de informação e conhecimento acumulados do que propriamente pelo bem material.
Continue lendo ›Um novo tempo

Comecei a me envolver com tecnologia em 1979 quando passei no vestibular do curso de Processamento de Dados da UEM. Naquela época e até meados dos anos 1980, a tecnologia do uso dos computadores era restrita a poucas pessoas e inimaginável para a maioria da população.
Continue lendo ›Olhos e máscaras
Mais um lado obscuro no uso da internet

A internet, conhecida como a rede mundial de computadores, desde o seu nascimento secreto até sua abertura comercial trouxe esperanças na área de comunicação e de aproximação entre as pessoas dispersas em vários lugares pelo mundo. Por meio da internet, atividades de lazer, entretenimento, pesquisas, negócios, entre outras puderam ser viabilizados em tempo e velocidades nunca vistos.
Continue lendo ›Maringá tem nome de mulher – uma homenagem aos 73 anos
Violência contra a mulher em tempos de coronavírus
Por Tania Tait:
Duas reportagens veiculadas durante a semana chamaram a atenção em paralelo ao avanço do coronavírus. A primeira reportagem trata do aumento de casos de registro de ocorrências em Maringá que aumentou 15% desde que foi decretada a quarentena. A outra reportagem apresenta dados sobre o aumento de 9% de ocorrências em São Paulo no período da quarentena.
Continue lendo ›Opções petistas
Mulheres e as eleições 2020


É chegado 2020, o ano eleitoral em que teremos eleições para prefeitos (as) e vereadores (as). Novamente começam os incentivos para que as mulheres sejam candidatas, no entanto, uma análise realizada no site do Tribunal de Justiça Eleitoral com relação às eleições umincipais de 2016 mostra que as mulheres eleitas estão muito aquém dos 52% que compõem a população brasileira. Somos menos que 10% de mulheres com atuação na política.
O Estado do Paraná, em especial, apresentou nas eleições municipais de 2016 um quadro de retrocesso, no qual apenas 29 prefeitas foram eleitas, menos que em 2012 ou seja apenas 7,2 dos 399 municípios paranaenses são administrados por mulheres, o que coloca o Paraná na quarta posição do Estado com menor número de prefeitas.
O quadro abaixo apresenta a quantidade de vereadoras eleitas nos maiores municípios do Paraná. Houve exceções em municípios de menor porte, como no caso de Ourizona, onde, das 9 cadeiras, 5 são ocupadas por mulheres.Quadro 01. Quantidade de vereadoras eleitas. Fonte: www.tre-pr.jus.br e www.tse.jus.br
CIDADES | Nº DE CADEIRAS | VEREADORAS ELEITAS |
Cascavel | 21 | 0 |
Maringá | 15 | 0 |
Londrina | 19 | 1 |
Ponta Grossa | 23 | 1 |
Guarapuava | 21 | 2 |
Paranaguá | 19 | 1 |
Foz do Iguaçu | 15 | 3 |
Paranavaí | 10 | 1 |
Curitiba | 38 | 8 |
Percebe-se pelo quadro que cidades como Maringá e Cascavel, com 15 e 21 cadeiras, respectivamente não tiveram mulheres vereadoras eleitas. No caso de Maringá, durante o período eleitoral de 2018, um vereador se afastou para ser candidato e uma mulher vereadora suplente assumiu a vaga apenas no período eleitoral.
Ao se pensar na história do Paraná e na presença das mulheres na formação e organização do Estado encontram-se as mulheres do campo; mulheres negras e quilombolas; mulheres indígenas; mulheres imigrantes e mulheres que tiveram atuação política em importantes períodos históricos como na ditadura militar no Brasil de 1964 a 1985. Registra-se também a liderança em movimentos LGBTS de mulheres lésbicas e trans. Entretanto, mesmo com essa diversidade de papéis as mulheres não participaram e não participam do processo decisório e da vida política.
A força e atuação da mulher paranaense não se reflete na sua presença na política. Sequer tem-se mulheres em cargos de confiança tanto estadual como municipal. Assim, a presença da mulher é mínima, inclusive esse fato reproduz a esfera federal quem tem apenas duas ministras de estado.
A ausência das mulheres na política é reforçada, também, pelas medidas tomadas pelos próprios partidos políticos que cumprem apenas a cota de 30%, inclusive, com as candidatas chamadas laranjas que são utilizadas para receber recursos e cumprir a cota. Outro elemento que impera no Estado ainda é a existência de candidatas eleitas por herança familiar, ou seja, recebem o capital político de pais, maridos, tios etc.
Perdemos muito com a ausência das mulheres na política que, com sua experiência e compromisso poderiam contribuir muito para melhorar a vida das pessoas. Finalmente, são indicados alguns motivos que inibem a atuação das mulheres na via eleitoral: falta de apoio familiar para as candidatas; falta de apoio partidário (financeiro, tempo de TV etc); muitas mulheres tem medo de exposição; não se sentem preparadas; priorizam carreira profissional e família; enxergam política como algo muito sujo e a política vista como campo de homens.
Independente do motivo para inibir a participação das mulheres, aumentou nas últimas eleições o número de mulheres candidatas que optaram por participar do processo eleitoral. Mas, se as mulheres são 52% da população e a maioria de eleitores, tem alguma coisa errada nesta conta que não se reflete na atuação política.
Espera-se que para 2020 o número de mulheres eleitas também aumente para que não passemos a vergonha de termos cidades com nenhuma vereadora e um Estado com número reduzido de prefeitas.
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(*) Tania Tait professora universitária em Maringá. Publicada originalmente aqui.
CMMM realiza assembleia
A professora Carla Almeida (foto), da UEM, falará sobre a importância dos conselhos municipais e políticas públicas no sábado, 28, no Auditório Hélio Moreira, no paço municipal, a partir das 8h30.Continue lendo ›
A Lei Maria da Penha
e seus 13 anos de existência
Por Tania Tait:
A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha foi sancionada pelo Presidente Lula em 7 de agosto de 2006 e foi alterada pela Lei 13.827 de maio de 2019 para incluir a autorização da aplicação de medida protetiva de urgência pela autoridade judicial ou policial, à mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou a seus dependentes.Continue lendo ›
O elo entre um jogador de futebol e um DJ: a violência contra a mulher
Por Tania Tait:
Detentores de duas profissões distintas na sua atividade mas iguais em promoção e contato com público, um jogador de futebol e um DJ protagonizaram nessa semana uma situação, infelizmente, corriqueira na sociedade brasileira: a violência contra a mulher.Continue lendo ›
Tributo às mulheres pioneiras
Por Tania Tait:
Tive a imensa oportunidade e satisfação de realizar uma pesquisa com mulheres pioneiras. O ano era 1996 e não havia no município de Maringá a narrativa da história da formação da cidade sob o olhar das mulheres. O mito do pioneiro herói homem estava sedimentado e a partir desta constatação fomos em busca do olhar feminino sobre a construção de Maringá. Continue lendo ›
Direitos da mulher trabalhadora
Por Tania Tait:
Escrever sobre as mulheres é sempre um grande desafio. Ao fazer um recorte com relação às mulheres trabalhadoras, este desafio se torna mais complexo visto que o trabalho da mulher não está dissociado das lutas pelos direitos das mulheres, os quais vão além da luta por igualdade salarial e melhores condições de trabalho.
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Basta de violência contra a mulher
Por Tania Tait:
Nesse ano em que se marca “10 anos da Lei Maria da Penha”, tem-se a convicção de que muitas vidas foram salvas e refeitas com a implantação da Lei e com as medidas protetivas.
No entanto, uma série de problemas ainda precisa ser resolvida para que a Lei Maria da Penha realmente seja efetivada e cumprida.Continue lendo ›
As eleições municipais, as mulheres e a violência
Por Tania Tait:
A cada eleição, são realizadas propagandas para estimular as candidaturas de mulheres bem como a eleição de mulheres. No entanto, essas iniciativas não tem se reproduzido na prática e as mulheres estão longe de compor sua representatividade pois para uma população de mais de 52%, somos menos de 10 % de mulheres eleitas.
As estatísticas apresentadas no site do TRE-PR para as eleições municipais 2016, indicam que 68% são candidatos homens e 32%, mulheres, sendo 80% declarados brancos. Carece de análise mais profunda, mas primariamente pode ser percebido que os partidos, em sua maioria, apenas cumprem a cota para as eleições.Continue lendo ›
“Por todas elas”
Por Tania Tait:
Marcado para amanhã, 1º, às 18h, no Estádio, o evento chamado “Por todas elas” acontecerá, também, em várias cidades do país.
Em Maringá, a iniciativa foi tomada pela jornalista Aline Rizzato e está envolvendo várias entidades de defesa dos direitos das mulheres. O evento surgiu a partir da denúncia de estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro, no qual uma menina de 16 anos foi violentada por mais de 30 homens. Essa barbárie desencadeou comentários nas redes sociais e denúncias na polícia do Rio de Janeiro que começou a apurar os fatos e prender os bandidos.Continue lendo ›
Professora explica pedido de CP contra vereador maringaense
A ativista e professora universitária Tânia Fátima Calvi Tait utilizou a Lei Maria da Penha e os argumentos apresentados pela juíza Mônica Fleith, do Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, para embasar seu pedido de Comissão Processante contra o vereador Luizinho Gari (PP).
Segundo ela, a primeira testemunha a ser ouvida pela CP, hoje à tarde, seria incoerente que a Câmara Municipal de Maringá ignorasse o fato de um vereador, representante da população, criador e fiscal da legislação, descumprisse publicamente uma lei que está completando 10 anos em 2016. Continue lendo ›
A invisibilidade da mulher candidata as eleições
De Tania Tait:
Histórica e estatisticamente, as mulheres eleitas aos cargos políticos, em sua maioria, são oriundas de famílias de políticos e herdam os votos de pais, maridos, irmãos etc. Recentemente, algumas poucas mulheres, originárias de movimentos sociais, têm sido eleitas.
Nas eleições de 2012, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foram eleitas 657 prefeitas (11,84% do total) e 7.630 vereadoras, que representam apenas 13,32% dos eleitos. Nas eleições de 2010, quando a presidente Dilma Roussef se tornou a primeira mulher a assumir a Presidência do Brasil, apenas duas governadoras foram eleitas, entre os 26 estados brasileiros.
A pouca presença da mulher na política foi, inclusive, ressaltada no relatório de Desenvolvimento Humano de 2014 das Nações Unidas, no qual o Brasil ocupa 85º lugar no item Desigualdade de Gênero, dentre 149 países analisados. Ou seja, apesar de sermos 52% de eleitoras e termos a Presidenta da República, nosso país ainda é marcado por grandes desigualdades e discriminação contra as mulheres.Continue lendo ›
Falta de Informação e a violência contra a mulher
Por Tania Tait :
Temos realizado muitas palestras e oficinas pela ong Maria do Ingá-Direitos da Mulher com públicos distintos desde mães atendidas em serviços sociais até profissionais formados e estudantes de universidades. E, o que chama a atenção é a total falta de informação que as pessoas possuem sobre os serviços de atendimentos às nossas mulheres.
Quando perguntamos “Onde fica a Delegacia da Mulher de Maringá?” Poucas pessoas sabem e quando respondem indicam o endereço antigo. O que não dizer, então, dos serviços de atendimentos que são prestados às nossas mulheres vitimadas nas áreas de assistência social, jurídico e psicológico? Ninguém sabe…Continue lendo ›
Uma análise da situação da mulher brasileira
Por Tania Tait:
A mulher brasileira alcançou, em um século, patamares de poder e participação na sociedade antes inimagináveis. Muitas conquistas foram obtidas pelas brasileiras, notadamente a partir da Constituição de 1988, quando feministas e mulheres de várias organizações se reuniram para entregar aos constituintes a Carta das Mulheres Brasileiras, que culminou com a inclusão de muitas reivindicações. Saliente-se o artigo 5.º, que trata da igualdade de direitos entre mulheres e homens.
No mundo do trabalho, as mulheres estão mais qualificadas e leis como a promulgada em 2012, punindo empresas que diferenciam salários entre mulheres e homens para as mesmas funções, fez jus à essa presença de forma igualitária. Discussões a respeito de licença-maternidade, aposentadoria, aborto e saúde da mulher, entre outros temas, passam a fazer parte das agendas políticas. Em relação à escolaridade, as pesquisas apontam que as mulheres estão com mais anos de estudo que os homens, o que possibilitaria credenciá-las a melhores vagas no mercado de trabalho.Continue lendo ›
Dia da Mulher: eventos em Maringá
A ONG Maria do Ingá – Direitos da Mulher promove amanhã o VII Café, Mulheres e Política para marcar o Dia Internacional da Mulher em Maringá, com palestra da professora Tania Tait. A coordenadora do Fórum Maringaense de Mulheres, falará sobre “Desafios e Conquistas da Mulher Brasileira” a partir das 15h, no Sinteemar (Jardim Universitário), com programação até as 17h . Às 10h, na praça Raposo Tavares, haverá concentração pelo basta à violência contra a mulher, organizada pela Marcha Mundial de Mulheres e várias organizações de mulheres, movimento estudantil e sindicatos.
Comemoração em dose dupla
A professora Tania Tait, da UEM, coordenadora do Forum Maringaense de Mulheres e da ONG Maria do Ingá, e que atua na luta pelos direitos das mulheres há muitos anos, terá comemoração dupla no próximo sábado, 1º de março. Além do aniversário, vai comemorar a formatura da filha Mariana no curso de Comunicação/Relações Públicas da UEL. Na foto, ela com as filhas Mariana e Ana Carla.