Cai a ficha na mídia impressa


Olhem para a imagem desse post. Pode ser uma das últimas vezes que você vê o Jornal do Brasil. Um dos mais tradicionais jornais brasileiros anunciou que vai acabar com sua edição impressa em setembro desse ano. A notícia já corre o mundo todo com sites destacando a importância do veículo para a história da imprensa brasileira.
Acho que a ficha está caindo. Demorou no Brasil, mas chegou a realidade. A queda das vendas não pode mais ser maquiada. Não adianta mais contratar certificação e auditoria de circulação, integrar conteúdo impresso com online, demitir funcionários, inventar ações mirabolantes como tablóides temáticos, entre outras situações de desespero.
As empresas jornalísticas estão pagando um preço caro por não acompanharem as novas tecnologias de Comunicação. Vemos hoje jornais anunciando como novidades revolucionárias coisas que são feitas por qualquer adolescente em casa há muito tempo. Demitir jornalista para publicar mais conteúdo de agência de notícias é um dos maiores “tiros no pé” que os jornais deram. O conteúdo sai atrasado e quem se interessa pelo assunto já leu sobre ele há dois dias na internet. Então, só vai ler o jornal mesmo quem sai nele. Acredito que a tendência dos impressos seja se tornar um grande classificado ou coluna social. Jabá a torto e a direito. A notícia… pode procurar na internet.
Lamento aqui o fim do Jornal do Brasil impresso. Jornal que já usei muito como pesquisa jornalística em meus estudos e guardo boas lembranças. O Jornal do Brasil surgiu em 1891 e hoje tem 180 funcionários, dos quais pouco menos da metade jornalistas.