Festa e falta de respeito
A madrugada foi tensa para os moradores dos conjuntos habitacionais Iguaçu, Guaporé, Monções e redondezas, em Maringá. Ninguém dormiu porque a partir da meia-noite começou a festa, e que festa, na supercasa de um megaempresário maringaense que é dono de uma quadra no Jardim Iguaçu. O som varou a madrugada e só terminou depois das 8 da manhã. “À meia-noite, a gente imaginou que a música ou coisa que o valha terminaria por volta das 2 horas. Mas não foi o que aconteceu, todos ficamos irritados, até as crianças que também não conseguiam dormir. Por volta das 7 da manhã, fui dar a minha tradicional caminhada e passei em frente ao local. As lixeiras estavam abarrotadas de garrafas vazias de vinho e vodka. E o som era devastador”, reclamou um leitor. Jovens começaram a deixar a supermansão pela manhã e, conta ele, um motorista estava tão bêbado que foi entrando na pista contrária da avenida Carlos Correia Borges, depois voltou para o acostamento a 10 por hora. “Por que não ligamos para a polícia tão logo a coisa começou? Primeiramente a gente não é tão careta para não entender que o sábado é feito para se divertir e por isso acreditamos que a coisa ia até umas 2 da manhã. Adianto-lhe que ligamos e acho que muita gente também ligou quando vimos ou ouvimos que a falta de respeito era grande. (… A gente pergunta se essa gente tem humanidade, se tem pais idosos, avós, crianças pequenas. Eles gostariam que a gente fizesse o mesmo com os familiares deles? Agora estamos com muito sono, mas sem conseguir dormir. Esses sujeitos conseguiram fazer com que a gente perdesse uma noite de sono e comprometeram o nosso domingo. Agora estou saindo para levar minha sogra, que tem problemas de pressão alta, à farmácia. Enquanto isso os jovens cachaceiros, os moços e as moças que gritam por liberdade e dignidade humana e na prática são péssimos exemplos de cidadania, os jovens futuro do Brasil, estão dormindo tranquilamente em suas residências. Mais tarde vão trocar mensagens no Facebook e Orkut dizendo que a festa foi maneira, que o mega-super-ultra empresário é um cara muito-mega-super legal. As festas desse tipo, demoradas, na super-mega-ultra residência acontecem duas, três vezes ao ano. Mas hoje, bateram o recorde de tempo e de som. Mas agora, estamos preparados. Na próxima, quando começarem, a gente vai azucrinar a polícia até eles interromperem a falta de respeito. Tenha uma boa noite, digo, um bom dia.”
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