Escola em crise?

Do padre Orivaldo Robles:

Nos primeiros anos de ministério fui também professor. Em Maringá, no querido Gastão. Depois, em Paranacity, no Ginásio Estadual e na Escola Normal. Risonhos tempos, infelizmente de curta duração. A aposentadoria foi-me imposta por obra e graça do secretário estadual de Educação, um militar com patente de coronel. Era o ano de 1971. O Dops – Departamento de Ordem Política e Social – montou sobre mim uma ficha, pelo visto, não muito elogiosa. Jamais escondi, admito, minha antipatia pela ditadura militar daquele tempo. Por conta do perigo que eu devia representar para a Segurança Nacional (!), acabei “delicadamente” apeado das funções de professor. Nunca mais pisei numa escola pública. Nada a lamentar. Padre tem trabalho de sobra, até fora da escola, que é o terreno próprio do sofrido herói a quem chamamos professor. Na íntegra.