“Eu não gosto de coisa de amador, sabe Leo?”
Conversa interceptada pelo Ministério Público Estadual mostra Ricardo Barros mandando o secretário Leopoldo Fiewski, super-secretário do prefeito interino Carlos Roberto Pupin e do licenciado Silvio Barros II, fazer um acordo entre duas empresas que disputavam a milionária verba de publicidade da Prefeitura de Maringá – mais de R$ 7 milhões. Barros, que diz que era para ter “filha única” na licitação, é chamado de chefe por Leopoldo (em italiano, “capo”). Um trecho:
Barros – Um acordo nisso aí. Tá bom?
Fiewski – Tá. Hum hum.
Barros – Quem sabe fazemos uma solução salomônica aí. Porque eu achava que eles tinham se preparado pra… você imagina se ficasse um licitante só. A situação nossa, nossa situação.
Fiewski – Ia ficar muito ruim. Mas muito ruim.
Barros – Claro, corremos o risco de o Ministério Público mandar suspender e ficamos sem propaganda, pô! Entendeu. Então eu não gosto de coisa de amador, sabe Léo. De qualquer forma você, por favor, vê se faz um entendimento aí.