Anciãos da trimestralidade
O corpo já não responde como antes, o tempo passou e nesses 23 anos a velhice chegou. Muitos já se foram sem que o que lhe é de direito fosse pago. Quando assumem um cargo público, os dirigentes, todos eles juram com o semblante de homem sério que respeitarão as leis, pura falácia, conversa fiada. Fazem parques, passarelas, e até mostram sua capacidade de gerar os recursos quando trocam o piso do estádio que era novinho, mas cumprir a promessa, isso não fazem.
Esses homens e mulheres fazem parte da construção de Maringá, seus nomes não estão num mural em placa de bronze, estão esquecidos porque a sociedade valoriza mais quem com palavras inteligentes mostram uma realidade que não existe. A cidade se orgulha de ser linda, mas não reconhece aqueles que nas madrugadas varreram suas ruas, as mãos dessas pessoas fizeram curativos, escreveram na lousa, pegaram em enxadas e pás. Agora, chega o peso dos anos e os anciãos da trimestralidade não têm a certeza de que lhes será destinado aquilo que é devido. A lei é bonita de se ver, escrita em livros e defendida pelas bocas de muitos, cumpri-la é outra coisa. (Colaboração de leitor)