O sistema prisional do Paraná terá a sua primeira greve geral a partir do próximo dia 15. A decisão grevista foi tomada pelos mais de 200 agentes penitenciários que participaram da assembleia geral realizada ontem à noite, em frente ao Palácio Iguaçu, em Curitiba, após reunião com membros do governo. A greve é resultado de uma longa negociação, que teve início em março deste ano, entre os servidores penais e o governo sobre o reajuste do adicional de risco da categoria. Em abril, o governo, através da secretária da Administração e Previdência, Dinorah Nogara, afirmou que seria possível pagar um aumento de 23,37%. Os agentes reivindicavam uma defasagem de 38,37% e, na época, haviam aceitado a proposta.De lá, até hoje, segundo a categoria, o compromisso firmado ficou só na conversa. Os agentes desenvolveram diversas reuniões com representantes do estado e mobilizações, entre elas, um acampamento que durou nove dias. A primeira greve geral do Sistema Prisional do Paraná terá início dia 15 de outubro em todas as unidades penais do estado e, por enquanto, não possui data para terminar. “Não queríamos greve mas o governador Beto Richa não nos deixou alternativas. Agora o rumo do sistema prisional está nas mãos de Richa. Se ele assinar um decreto garantindo o reajuste aos agentes, vamos realizar uma nona aAssembleia para ver se a aceita, com isso, teremos a possibilidade de suspender a greve”, diz o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), José Roberto Neves. A categoria vai delegar a nomeação do comando de greve em cada unidade.