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Aviotech: justiça italiana julga recurso dia 5


Uma reportagem de Mauro Lissia, no La Nuova Sardegna, , intitulada “Ele falhou em Villacidro, o Brasil o financia”, publicada em agosto passado, talvez explique o fato de a Avio de Luigino Fiocco não ter entregue os documentos prometidos no protocolo de intenções assinada com Ricardo Barros, Beto Richa e Carlos Roberto Pupin em 17 de julho. No início de novembro acontece audiência de recurso da condenação que sofreu por falência fraudulenta na Itália. A matéria recorda que, com a Aviotech, o empresário italiano levou 8 bilhões de liras do Estado, não conseguiu montar a fábrica em Villacidro e foi condenado. Da Sardenha, onde ele havia prometido construir a indústria da aviação, desapareceu. “Condenado a sete anos de prisão por falência fraudulenta, Luigino Fiocco reapareceu no Brasil, onde se prepara para cobrar uma doação substancial do governo para iniciar uma fábrica de pequenos aviões e helicópteros. No estado do Paraná, deram-lhe confiança e o rosto sorridente do vulcânico Luigino já apareceu na Gazeta Maringá ao lado de Roberto Carlos Pupin, o prefeito da cidade”, conta. Assim como fez em Maringá, na Sardenha Fiocco prometeu construir ultraleve de fibra de carbono e aviões de espionagem para decolar rapidamente. “Era 1999, e como terminou é notório a todos: Fiocco e sua equipe de colaboradores desapareceram de cena, levando com eles, na esteira de um processo de falência declarada formalmente em 2002, oito bilhões de liras da lei 488 para a iniciativa industrial. Doze anos depois, em 20 de maio de 2011, a empresa faturou uma sentença de sete anos de prisão por um tribunal em Cagliari: culpados de falência fraudulenta, bem como o diretor da empresa e o gerente de uma empresa associada. Mas o tempo foi generoso, pois a prescrição já havia retirado o indiciamento por acusações de fraude e crimes fiscais”. Com recurso em andamento, a próxima audiência do caso da Sardenha acontecerá no próximo dia 5 e a previsão é de que se a sentença for confirmada caberá ainda mais uma apelação, e pelo menos mais dois anos de liberdade. 

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