Ex-prefeito Silvio II e secretários devem ressarcir o município, pede o MP

Silvio II, Valter Viana e Luiz Manzato
Na ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual por conta das irregularidades nas desapropriações para a implantação do Parque Industrial Cidade de Maringá, na gestão Silvio Barros II (PHS), o promotor Maurício Kalache pede que o ex-prefeito seja condenado por improbidade administrativa por violação dos princípios da legalidade, moralidade, honestidade, lealdade às instituições, impessoalidade e transparência administrativas. O MP pede que ele seja condenado ao ressarcimento integral dos danos causados aos proprietários das áreas desapropriadas, consistente no valor das comissões indevidamente pagas pelas intermediações feitas para os recebimentos das indenizações que o município de Maringá efetuou aos 27 expropriados, além de suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida no cargo de prefeito (até R$ 1,5 milhão) e proibição de contratar com o município.  Em relação ao procurador geral Luiz Carlos Manzato (PP) e ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Valter Viana (PHS), o MP pede que igualmente indenizem os danos causados aos proprietários das áreas desapropriadas, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida no cargo de e proibição de contratar com o poder público e de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos. O pedido quanto a Carlos Eduardo Marques, Wilson Godoy (corretor de imóveis), Valderlene de Oliveira Vargas Silva e Antônio Luiz de Lima (intermediários) é o mesmo, à exceção da multa e perda da função pública. Silvio II já tem outras condenações por improbidade, e recentemente obteve medida cautelar suspendendo temporariamente os efeitos eleitorais de uma delas, que o tornavam inelegível para as próximas eleições.