A saga de um cargo comissionado
Para tudo na vida existem exceções, para cargos comissionados/cargos de confiança, também, mas esse texto não é para quem trabalha sério, para quem tem competência, mas sim para os leiloeiros de votos.
Quando falamos na falta de seriedade e ética na política, sempre pensamos no político em espécie, dando a ele toda a carga de culpa de todos os pecados. Acontece que assim como o ladrão depende do receptor, o médico do paciente, e o professor do aluno, o mal político depende de alguém que aceite seus jogos e suas trocas de favores, pois, se não existisse quem concordasse com atitudes incorretas o mal morreria na sua própria sede.
Em tempos de eleições temos uma categoria (com suas devidas exceções) que fica em estado frenético, vendendo seu voto como se fosse um calçado em banca de promoção, quem pode dar mais que leve!
Enquanto houver moeda de troca na política, estamos fadados a presenciar o que infelizmente já estamos acostumados: um sistema corrupto e que se sustenta assim.
O excesso de cargos comissionados infla o sistema gestor de qualquer órgão, traz prejuízos, custa caro e gera um sem número de funções totalmente dispensáveis.
Penso em como deve ser ruim você ter que vender o seu voto para poder ter um emprego e como deve ser frustrante ter que defender toda sorte de políticos para poder ter seu ganha pão, no fundo isso é bem triste, pois esse sistema é uma roda da sorte e não existe nenhuma segurança, pois tudo vai mudando conforme as necessidades daquele a quem se vendeu o voto.
Se pessoas assim tivessem consciência o quanto atitudes assim são nocivas para a saúde de um governo, elas sentiriam-se envergonhadas, ou não.
Aos eleitores e cidadãos conscientes, resta a esperança de que atitudes assim sejam consideradas cada vez mais feias a ponto de quem pratica se sentir envergonhado de uma saga tão deprimente.
Miss Marple