A desigualdade de oportunidades entre os candidatos, seja no poderio financeiro ou no tempo disponível para a propaganda eleitoral em rádio e televisão gera grande prejuízo não só aos candidatos envolvidos, mas principalmente aos eleitores.
Como podemos avaliar com precisão todos candidatos e suas propostas se tem alguns que mal têm tempo de falar o próprio nome?
Essa discrepância de tempo pode ser perigosa, pois sobra tempo para aqueles da velha politicagem ficarem inventando dados e estatísticas mentirosas e falta tempo para quem tem de fato bons projetos poder falar sobre os mesmos.
Temos de ter cuidado com essa armadilha e entender que somente podemos decidir nosso voto quando realmente tivermos condições de conhecer os candidatos.
No caso de Maringá, onde vemos o mesmo grupo no poder há mais de uma década, o segundo turno é de extrema importância, porque aí o tempo para propaganda em rádio e televisão é dividido de forma igual, dando a oportunidade de conhecer as propostas de cada um e verificarmos se devemos mudar ou continuar sendo uma fazenda cercada, com direito a senhor do engenho e capataz.
Atenção redobrada às ciladas que o processo eleitoral traz, atenção aos candidatos que no desespero prometem o que jamais será cumprido, desafiando a nossa inteligência e perspicácia, somos eleitores e não bobos da corte.
Miss Marple