Seduc alterou números por motivos eleitorais em 2016

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A administração do ex-prefeito Carlos Roberto Pupin maquiou dados da fila de espera para vagas em creches, por conta da campanha eleitoral do ano passado. Artificialmente a fila foi reduzida em 1.949 crianças, entre outubro e dezembro passados. A administração informava às famílias que as vagas estavam garantidas, quando não estavam sequer criadas; isso foi feito principalmente em outubro, entre o primeiro e o segundo turno.

A informação está em reportagem de Pauline Almeida, na manchete de hoje do jornal O Diário. Nela, a secretaria de Educação, Valkíria Santos, confirma a manobra. “Por que foi uma manobra? Porque aconteceu durante a campanha, durante outubro. Mas nós não queremos desconstruir o trabalho de ninguém. Nós estamos trabalhando com fatos, números reais”, disse.
Servidoras da pasta explicam que, usualmente, no mês de outubro é feita a rematrícula dos alunos da rede municipal. Em novembro, ocorre a matrícula dos estudantes do primeiro ano, enquanto em dezembro é a vez da educação infantil. Porém, em 2016, houve uma ordem de antecipação das creches para outubro, mês de eleições, com o sistema apontando 1.345 crianças atendidas. Nos quatro meses anteriores, a média de atendimento era de aproximadamente 300 informa a reportagem.
“Eu usava na campanha uma palavra que depois ficou confirmada, que eram as maquiagens. (…) A gente falava em 4 mil vagas. A nossa surpresa foi que eram 5 mil”, disse o prefeito Ulisses.
À época dos fatos Gisele Assunção era a secretária de Educação de Maringá.
A maquiagem dos dados tornou-se pública depois que o vereador Homero Marchese (PV) contestou a compra de vagas na rede particular de ensino por parte da administração e divulgou os números maquiados como se fossem os verdadeiros. Ele foi desmentido por professoras nas redes sociais, que apontaram que ele havia recebido números irreais.
Aliás, o vereador parece ter problemas com números, pois também subiu à tribuna para dizer que tinha 200 projetos, quando, naquela data, não havia apresentado nenhum. Quem espera que o vereador peça desculpas por mais uma informação incorreta, pode tirar o cavalinho da chuva.

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