Discurso diferente do de 2013

É uma pena que documentos relacionados à Comissão Processante não estejam sendo disponibilizados ao público. O que deveria ser transparente, não o é. Alguém teria solicitado sigilo sobre os dados.

Se estivessem abertos ao público, daria para se saber o que é a palavra citada pelo vereador Chico Caiana, ao rejeitar a acusação de que o seu colega investigado, Homero Marchese, indicou um assessor condenado por improbidade para ocupar cargo comissionado. Ele criticou a lei que ele próprio, em 2013, ajudou a criar e a aprovar. Disse que se tratava de uma “lei proliva”, que não dizia o que podia e o que não podia.
Apesar de ter procurado, não achei o suposto termo jurídico “proliva”. Possivelmente a palavra é outra, mas o texto não está disponível no site da Câmara de Maringá.
Em 11 de julho de 2013 os vereadores de Maringá aprovaram sob a alegação de ser “um grande avanço” a Lei da Ficha Limpa Municipal, que destacava justamente que pessoas condenadas por improbidade não poderiam assumir cargos no poder público.
Naquela sessão Chico Caiana, um dos autores do projeto, fez uma declaração bem diferente da que ele fez ontem na Comissão Processante. Disse ele, saudando a lei: “Os gestores terão que tomar mais cuidado e escolherem pessoas que não tenham problemas com a justiça”.

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