República de estafermos

De José Nêumanne, em seu blog Direto ao Assunto:

Eu, advogado do diabo, o chato de plantão, vivo avisando aqui que esta mudança de critério na substituição dos ministros, é um facilitador de tragédias que atinge a população, principalmente os mais pobres. Entregar o Ministério da Saúde a um estafermo como esse politiquinho de baixíssimo clero, Ricardo Barros,

que em vez de comandar a saúde pública, trabalha apenas para eleger a mulher governadora do Paraná, dá nisso. O que o governo Temer faz nessa distribuição de pastas ministeriais a chefetes da miríade partidária nacional é um crime contra a Pátria, contra a saúde e o bem-estar da cidadania. Somente numa República de Estafermos que fabricam enfermos como esta pode ser encarado com naturalidade o fracionamento de vacinas para resolver falta de doses nos postos e o governo alterar anúncios de mortes com pedidos de calma para a população não congestionar os postos. É crime serial, gente. Nos governos com saúde pública decente promovem-se campanhas de vacinação em massa, não fracionamento de vacina. A vergonha é que está ainda mais escassa entre nós. E contra a falta de vergonha não existe vacina com efeito comprovado.
É que isso não tem remédio e nunca terá, como em O que será. O que não tem ungüentos. Nem todos os santos. O que não tem limite.

PS do Blog- Estafermo: Boneco de madeira, representando um homem, sobre um eixo vertical que segurava um açoite e um escudo, que os antigos cavaleiros tinham que tocar com a lança, nos torneios de cavalaria, sem serem atingidos pelo açoite; pessoa que dificulta o movimento de outras; indivíduo limitado e sem atitude; pessoa de aparência desagradável.