Faep faz lobby contra “cortina verde” que evita contaminações

Do Contraponto:

A Federação da Agricultura do Paraná está mobilizando todos os sindicatos rurais patronais do estado para que façam lobby visando a impedir que as câmaras de vereadores de suas regiões não aprovem leis que imponham aos agricultores o plantio de “cortinas verdes” em suas propriedades.

São fileiras de árvores e arbustos que, em tese, impediriam que nuvens de agrotóxicos empregados nas lavouras se espalhem para a vizinhança e contaminem águas, escolas, postos de saúde e população.
Em ofício dirigido aos sindicatos filiados (veja abaixo), o presidente da Faep, Ágide Meneguette, diz que “alguns promotores públicos estão pressionando os municípios para que sejam aprovadas leis instaurando as cortinas verdes”, e alerta que não há nenhuma comprovação da eficácia da medida, que só serve para “estigmatizar o produtor rural como causador de contaminação”.
Meneguette vai mais longe: quer que se verifique junto às prefeituras e câmaras sobre a eventual existência de projetos de cortina verde para que “o sindicato possa impedir a sua aprovação” e, em caso de existência de propostas neste sentido, que a Faep seja comunicada.
As “cortinas verdes” já se tornaram lei em vários municípios paranaenses. Em Cambira, por exemplo, o prefeito Emerson Pires sancionou lei que determina a distância mínima de 300 metros entre áreas onde se aplicam defensivos químicos de escolas, creches, postos de saúde e núcleos povoados. A distância poderá ser reduzida para 50 metros caso os produtores implantem barreiras verdes – definidas na lei como “duas linhas próximas com espécies não frutíferas, sendo uma de crescimento rápido e arbóreo e outra por arbustos, preferencialmente nativas”. Leia mais.

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