Meus sentimentos

Poderia estar falando daquela expressão muito usada em velórios e quando nos dirigimos a pessoas que perderam a presença física de parentes, e próximos, muito próximos, quando acontece o que se convencionou chamar de morte,

falecimento, passamento e esta última palavra talvez seja mais adequada, pois ocorre uma passagem desta dimensão para outra e a morte é apenas do corpo físico, simples veículo de manifestação do verdadeiro ser que somos (Alma, quando encarnados, e Espírito, sem corpo).
Mas quero falar dos meus sentimentos durante e após da partida entre Brasil e Bélgica. Torci, vibrei, fiquei desapontado, sorri, mas não chorei, nem fiquei triste com a derrota. Como já afirmei, não sou mais fanático, não penso que temos que ganhar e se ganharmos nossa vida melhorará. Pelo contrário, talvez muitos aproveitadores políticos sejam beneficiados, por acontecimentos como um título de seleção brasileira. Em resumo, torci, queria a vitória da seleção, mas ao final do jogo, meus sentimentos não foram nem de tristeza, nem de alegria.
Lembrei dos gritos de Galvão em 94: Acaboou, acaboou, é tetra, é tetra! E talvez pudesse ter repetido ontem. Acabou a Copa para o Brasil , e é tetra sem títulos, pois há quatro copas, desde 2002, não ganha. Mas acho que não tem tem obrigação. Vou torcer para a Bélgica ou qualquer outra que ainda não foi campeã mundial.
Akino Maringá, colaborador
(*) Foto Getty Images