Coligação de Cida é acusada de usar palácio do governo como depósito de material de campanha eleitoral
A governadora Cida Borghetti (PP), candidata à reeleição, seu candidato a vice, Coronel Malucelli, e o secretário especial do Trabalho e Relações com a Comunidade, Paulo Cesar Rossi, estão entre os denunciados em representação por conduta vedada. Eles são acusados de utilizar servidores comissionados na campanha da pepista e até de utilizar imóvel, público (Palácio das Araucárias) para guardar material eleitoral.
A representação foi feita ontem pela coligação Paraná Inovador e, além dos citados, inclui Messias da Silva, lotado no Departamento de Trabalho da Secretaria de Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, pasta que funciona no Palácio das Araucária, no Centro Cívico. Também esta semana houve denúncia de abuso de poder econômico (aqui).
De acordo com o relato feito à Justiça Eleitoral na representação, servidores públicos foram utilizados em campanha, assim como espaço público como depósito de material de propaganda, na segunda-feira; documentos, incluindo fotografias, áudio e vídeo, foram anexados ao processo. Os funcionários deixaram o Palácio das Araucárias em direção ao Museu Oscar Niemeyer para gravar algum tipo de propaganda eleitoral. A suspeita é de que os cargos comissionados tenham sido coagidos.
A representação traz ainda declarações do marido da governadora, deputado federal Ricardo Barros, e de seu cunhado, Silvio Barros II (PP), secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, em que deixam claro a obrigatoriedade de participação dos funcionários em atos eleitorais. Numa delas, Ricardo Barros diz que todos os comissionados do estado estão convocados. “A máquina do governo é muito poderosa. (…) O que que se propõe no próximo governo, que a governadora poderá ter um orçamento formado por ela, poderá ter uma equipe engajada e participativa de todos aqueles que ajudaram a vencer as eleições”. A denúncia diz que é possível concluir que Cida Borghetti também teve acesso privilegiado ao hangar da Polícia Militar do Paraná e fez uso da sede do Graer e das aeronaves pertencentes à administração para realização de gravação de propaganda eleitoral, fato que configura prática vedada aos agentes públicos e campanha eleitoral , sendo evidente que a conduta afetou a igualdade de oportunidades entre os candidatos ao pleito majoritário”.
Aqui, a representação na íntegra.