Padre Orivaldo não morreu

Ao tempo que lamentamos o fato do Padre Orivaldo ternos deixando sem a sua presença física ,a partir de hoje, através do que se convencionou chamar de morte, temos a convicção de ele não morreu. Morreu seu corpo físico, que não teve mais condições de ser o veículo condutor da Alma (Espirito), que realmente somos.
O Espirito precisa do corpo físico para manifestar-se aqui na terra, e o de Padre Orivaldo vinha há muito tempo sofrendo, enfrentando muitas dificuldades e hoje ‘parou de funcionar’.
Troquei poucas palavras, pessoalmente, com Padre Orivaldo, mas o admiro muito (alguns diriam admirava), mas continuo admirando, pois ele não se findou, não se tornou finado, continua existindo, agora na dimensão espiritual, físico.
Costumava brincar com ele em postagens como essa, em 20104, quando sua saúde já estava debilitada, em resumo: ‘Sou admirador dos textos do padre Orivaldo, a quem desejo pronto restabelecimento e gostaria de sugerir um tema para uma de suas próximas crônicas. Seria mais ou menos: Para onde vamos? Ou Céu, Inferno e Purgatório?
O motivo é uma curiosidade que tenho, quando morrem famosos, como Luciano do Valle, que seus colegas da crônica esportiva endeusaram e o Neto vive repetindo que ele lá do céu o está inspirando. Outros dizem que ele está ali, trabalhando com eles. Outro foi o Pinga Fogo, que o Salsicha insiste em dizer que lá do céu continua fazendo suas ajudas. Em ambos os casos há controvérsias, mas há o caso de Jair Rodrigues, que alguns disseram que foi fazer festa no céu, este parece unanimidade. Já quando morre um bandido, dizem que foi direto para o colo do capeta, no inferno. O próprio Pinga Fogo dizia isso. Ninguém fala no purgatório. Por que? Aprendi que muitos vão para o purgatório. Não lembro onde li, mas haveria uma pesquisa que apurou que só 6% das almas vão direto para o céu, são os bons, os quase santos; 92% vão para o purgatório, aquelas que cometeram pecados, alguns pesados, mas passíveis de recuperação, com muitas orações e arrependimento sincero; e só 2% vão para o inferno direto, são os ladrões de grande assaltos, inclusive de dinheiro público e os assassinos, inclusive os de mortes por falta de recursos desviados da saúde, por políticos.
Tenho um amigo que diz que o céu não é um lugar chato onde se fica descansado, sentado ao lado de Deus sem fazer nada. Que é local de trabalho, diversão, de vida normal como na terra, só que sem problemas. Pode-se até casar, mas uma grande dificuldade para os casamentos é encontrar padres, pastores ou oficiais de cartórios para celebrá-los celebrá-los. (…)
Brincadeiras à parte, penso que devemos encarar a morte física como algo absolutamente natural. No caso do Padre Orivaldo, imagino que e compreende perfeitamente o que estou dizendo. Alguns não entenderão,pode até falar em desrespeito. Não, absolutamente não é falta de respeito. Bem humorado, Padre Orivaldo respondeu com um comentário que reproduzo: Pe. Orivaldo diz: – 26 de maio de 2014 às 10h 26 – Também me diverti com o texto. Lembra aquele garotinho que perguntou pra mãe: “Mamãe, lá no céu, o que é que a gente faz?” E a mãe: “Ah, filhinho, a gente louva a Deus, ouve o canto dos anjos, participa da glória dos bem-aventurados, desfruta da felicidade completa…”. E o garoto: “Pra variar um pouco, não pode, nos domingos, dar um passeio pra conhecer o inferno?” Quanto ao café sugerido pelo Akino, gostei da ideia. Alguns dias mais (ainda sinto dores) e podemos agendar. Abs.
E completo eu, o café entre eu Rigon e Padre Orivaldo, não aconteceu, talvez por culpa minha que não insisti. O encontrei caminhado próximo da Catedral e me apresentei (ele conheceu Akino antes do vereador), trocamos breve palavras e não falei do cafe, por timidez, talvez. Esteja em paz, meu irmão Orivaldo. Descansar só por uns tempos até a recuperação total da saúde. Depois sei que terá muito trabalho. Que possa, do Mundo Espiritual e até presente aqui em Maringá, nos ajudar com suas intuições orientadoras. Grande abraço e vibrações para rápida readaptação à nova existência.
Akino Maringá, colaborador