O que motiva uma pessoa em situação de rua a ter um animal de estimação?
“O que motiva uma pessoa em situação de rua a ter um animal de estimação?”. Essa pergunta é uma novidade da 5ª edição da pesquisa “A População em Situação de Rua em Maringá: Desconstruindo a Invisibilidade”, realizada pelo Observatório das Metrópoles em outubro.
O levantamento deste ano incluiu informações sobre os animais que vivem sob os cuidados das pessoas que estão em situação de rua. A ideia surgiu no ano passado, quando pesquisadores foram impedidos, por um cachorro, de fazer a abordagem de uma pessoa que estava dormindo numa calçada. Em 2019, o levantamento identificou que das 48 pessoas encontradas com animal de estimação, quando perguntadas sobre os motivos de ter um animal, apenas cinco (10,4%) disseram que é por questão de segurança, outras 33 (68,8%) destacaram a companhia, amizade, parceria dos animais, e outras oito pessoas (16,7%) disseram que o motivo é o amor pelos animais.
A maioria dos entrevistados afirmou receber doações e ajuda para alimentação e cuidados com a saúde dos animais (vacina e castração). Do total de animais de estimação identificados, 92% são cachorros e 8% são gatos. A coordenadora da pesquisa, a professora Ana Lúcia Rodrigues, relatou que como foi a primeira vez da coleta de dados sobre os animais de estimação, não há dados comparativos com os anos anteriores. “Mas, a íntegra da análise comparativa da pesquisa, das demais informações sobre a população em situação de rua em Maringá, de 2015 a 2019, será apresentada durante a audiência pública”, afirmou.
A audiência pública sobre População em Situação de Rua em Maringá, organizada pelo Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá e Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, será realizada no dia 9, com início às 19h, no Auditório Hélio Moreira, anexo ao Paço Municipal. Aumento – A pesquisa “A População em Situação de Rua em Maringá: Desconstruindo a Invisibilidade”, que revelou esse ano um aumento de 27% de pessoas em situação de rua no município em relação a 2018, é uma iniciativa do Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá em parceria com o Centro de Referência Especializado para População de Rua (Centro Pop Rua) e, nesta edição de 2019, com o curso de Serviço Social da UEM. A pesquisa é realizada com apoio da Prefeitura de Maringá, SASC e Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UEM. (Divulgação)