A prefeitura de Maringá realizou na manhã de hoje uma reunião com lideranças da região sobre combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O evento lotou sala de reunião no Paço Municipal. Diferentes segmentos apresentaram sugestões para trabalho preventivo. Um Comitê de Gestão será montado no gabinete do vice-prefeito Edson Scabora. Um grupo de WhatsApp reunirá lideranças e interessados em trabalhar contra a dengue para articular ações.
“Trabalhamos com força máxima contra a dengue”, disse o prefeito de Maringá, Ulisses Maia, ao comentar iniciativas já adotadas nos últimos dias. Como mutirão de limpeza que recolheu quase 300 toneladas de lixo e materiais inservíveis no último final de semana. A ação continua, contemplando outras regiões da cidade. Funcionamento de unidades básicas em horário estendido (até 21 horas), também integra o conjunto de medidas no combate e prevenção da dengue.
Outras ações anunciadas hoje foram parceria de conscientização com a Secretaria de Educação na volta às aulas. As roçadas foram intensificadas. Há 15 equipes nas ruas todos os dias. A população é orientada a não colocar materiais na frente das casas e ruas e deve aguardar anúncios de novos mutirões e pontos fixos de coleta. O diretor da 15ª Regional de Saúde, Ederlei Alkamim, esclareceu que o fumacê não tem mais efeito no Aedes aegypti, conforme orientações do Ministério da Saúde sobre não usar mais o fumacê. Segundo ele, um novo produto deve ser aplicado a partir de março.
O secretário de Saúde, Jair Biatto, apresentou dados e alertou que casos devem aumentar, conforme anúncios do Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Paraná. A estimativa dos órgãos é que em março haja um pico de casos positivos, aumentando riscos de mortes pela doença. “Temos que fazer ações para mudar o resultado da dengue em Maringá e no Paraná”, disse Biatto.
Relatório da Sesa apontou ontem que há 14.697 casos positivos de dengue no Paraná e sete mortes pela doença. Estão em investigação oito óbitos em hospitais de Maringá, com pacientes entre 7 e 88 anos, sendo cinco maringaenses e três de outras cidades. São 50 cidades paranaenses em epidemia e 29 em estado de alerta.
Participaram da reunião de hoje secretários municipais, vereadores, as polícias Civil, Militar, Ambiental e Rodoviária, Corpo de Bombeiros, conselhos municipais, 15ª Regional de Saúde, Ministério Público, associações, órgãos estaduais, universidades, presidentes de bairros, sindicatos, igrejas, prefeituras de Paiçandu e Sarandi, entre outros. (PMM)
(Foto: Andye Iore)