Ontem, uma jovem de 30 anos, que conhecíamos bem, trabalhou conosco, pôs fim a vida do corpo físico, vencida pela depressão e o uso de drogas, havia 10 anos, segundo soubemos.

Foi chocante receber uma mensagem do seu pai, o Ferrari, que trabalhou na gestão Ulisses Maia, a quem recomendamos: ‘Aconteceu uma desgraça a A* suicídou-se..’ Desconcertante, a conhecemos com 12 anos de idade, uma criança que praticamente vimos crescer.

Drogas levam o suicídio, senão  direto, indiretamente; Vejamos um texto para reflexão:O uso de drogas é, por si só, um fator extremamente preocupante, pois traz seriíssimos prejuízos materiais e espirituais.Já discutimos por aqui, inclusive, como reconhecer os sinais e ajudar uma pessoa com dependência química. Eis aqui outro motivo para ficar atento a isso.Um estudo feito pelo Serviço Nacional de Orientações e Informações sobre a Prevenção do Uso de Drogas constatou que o consumo de álcool, cocaína e crack está diretamente relacionado às tentativas de suicídio.

Segundo a entidade, o uso dessas substâncias agrava sintomas depressivos e intensifica a impulsividade.Esta mesma conclusão foi apresentada por uma pesquisa da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre/RS, publicado na versão on-line da SMAD, a Revista Eletrônica Saúde Mental, Álcool e Drogas.ais pesquisas indicam que o abuso de drogas pode servir de gatilho para pessoas que já têm um comportamento suicida.

É o que endossa o dr. Carlos Aragão Neto, psicólogo clínico e membro da Associação Internacional para Prevenção do Suicídio.”Fatores predisponentes para o suicídio são os que ocorrem ao longo da vida da pessoa e serão um aspecto que contribuirá para o suicídio no futuro. Já o fator precipitante é como se fosse a gota d’água”, conceitua.O psicólogo trouxe outros dados que confirmam as drogas como um fator de risco para o suicídio.”Falando especificamente do alcoolismo: 7% a 15% das pessoas alcóolatras vão se suicidar. Uma outra estatística diz que 40% vão fazer pelo menos uma tentativa. É realmente um fator de risco para o comportamento suicida”, comentou.

Gostaríamos de salientar que o suicídio é o ato final de um doloroso processo, fruto de um estado psicológico duplamente afetado pelos distúrbios mentais e pelo consumo de drogas.
Por isso, é preciso encarar a relação entre suicídio e uso de drogas com muita seriedade. Leia mais.

A você, cara ‘A. F’, que se interessava pela Doutrina Espírita, que acreditava na reencarnação, apesar da forte resistência familiar, nossas vibrações para que seja receptiva ao amparo e socorro dos benfeitores espirituais que lhe atenderam e atenderão.No fundo não será surpreendida ao saber que não morreu, mas certamente desesperada ao saber que não resolveu os problemas com o gesto extremo. Pelo contrário, suicídio não resolve, aumenta- os . No seu caso há atenuantes, que certamente são levadas em conta. Drogas levam ao suicídio e companheiros e inimigos invisíveis aos olhos humanos o estimulam. Ninguém suicida voluntariamente,há sempre estímulos, na maioria, invisíveis aos olhos e ouvidos humanos dos que estão ao redor do potencial suicida.  Terá todo apoio e tratamento e depende de você, assim como na Terra, o sucesso da recuperação. Confie em Deus, que não falta a ninguém e a ninguém condena eternamente.

Aos pais, irmã e demais familiares e próximos, nossa solidariedade. A vida continua aqui e lá. Sintam uma saudade saudável, com orações diárias, vibrações positivas, sem culpas, sem julgamento, sem mágoas. Foi sem voltar ao Jesus de Nazaré, no corpo físico. Agora, quem sabe possa nos visitar e até trazer uma mensagem para os seus. Siga em paz, A*, não é fácil, mas aqui, também, tenho certeza, estava muito complicado.  Se pudesse lhe recomendar um trabalho, assim que puder, sugeriria que atuasse juntos aos jovens que estão entrando para o caminho, quase irreversível das drogas, para que não caiam na tentação das ‘primeiras cheiradas’, e estimulando os que já estão, o tratamento, e que jamais pensem, que resistam a qualquer sugestão de suicidar-se. Você sabe que não é certo. Errou, mas se perdoe.

Akino Maringá, colaborador