Faltando menos de seis meses para desocuparem suas cadeiras na Câmara de Maringá, os vereadores William Gentil e Jamal (PSB) sugeriram hoje a criação de mais uma CPI. Só que se esqueceram de um fantasma, o da Sinax, que deve atingir aliados da dupla.

Por conta da sugestão dos vereadores, os ex-prefeitos Silvio Barros II (PP) e Carlos Roberto Pupin (Solidariedade) e os ex-secretários José Luiz Bovo (Podemos) e Gilton Domingues Bonneau (Solidariedade) podem ser convocados a depor na CPI da Pandemia, que está em andamento na Câmara de Maringá, uma vez que as irregularidades foram cometidas nos anos em que o PP governou a cidade.

Ao depor na CPI, o coronel Paulo Sérgio Carstens, secretário de Compras e Logística, confirmou que existiram irregularidades. Aliás, ao assumir o cargo, foi ele quem denunciou a prática que vinha dos governos do PP e que causaram dano de R$ 19 milhões aos cofres da Prefeitura de Maringá. Cartens fez a denúncia relativa a partir deste modesto blog, que já fez uma síntese do caso aqui. Também denunciou outras situações encontradas em sua pasta, como merenda estragada e detergente batizado.

No entanto, uma versão editada de seu depoimento tentou passar a impressão de que a corrupção e o caso Sinax são deste governo. Não são. O atual denunciou as irregularidades cometidas nas gestões anteriores. Quem trouxe a Sinax para Maringá foi o deputado federal Ricardo Barros (PP), lembra O Diário de Maringá.

A prefeitura divulgou em nota que o secretário de Compras e Logística reitera o tempo todo, ao longo do depoimento, as medidas adotadas pela atual gestão no combate a qualquer prática lesiva ao município, criando mecanismos próprios de controle de todos os processos, além de reforçar a transparência dos atos administrativos. “A reprodução integral do depoimento contextualizaria especificamente essa fala”, observou.

Como lembrou o vereador Flávio Mantovani (Rede), que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito, CPI é como uma flecha: quando se solta, não tem mais como fazer voltar atrás.

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